O atleta de SUP surfe Luis Saraiva (foto: Arquivo pessoal)
O Brasil já tem time para competir no primeiro campeonato mundial de stand-up paddle e paddleboard organizado pela Associação Internacional de Surfe (ISA). O evento vai rolar em Lima, no Peru, de 22 a 25 de fevereiro. O problema é que falta dinheiro para bancar a viagem.
Este é um evento distinto do circuito mundial de SUP realizado pela Waterman League. Mas, pela importância da ISA, trará grande repercussão para o esporte. A competição terá as modalidades SUP race, SUP surfe e paddleboard (remo deitado na prancha). Ainda haverá um revezamento por equipes, com esportistas do SUP race e do paddleboard.
O time brasileiro já foi definido, baseado no ranking anual da Associação Brasileira de SUP. Na race, quem representará o país será Luiz Guida Animal, Alexander Araujo e Barbara Brazil Nunes. No surfe, Luis Saraiva, Caio Vaz e Greta Sisson. Esta última depende de patrocínio e, caso não vá, será substituída por Nicole Pacelli. No paddleboard ainda é aguardada a confirmação de Maurício Abu Bakir ou Luis Genauto.
O grupo ainda conta com o chefe de equipe José Augusto, o preparador físico João Renato e o manager Marco Gorayeb, todos praticantes do esporte. Marco conversou com o Webventure e explica porque eles ainda ainda não têm apoio.
Vocês não têm patrocínio para a competição?
Ainda estamos procurando porque essa prova apareceu de última hora no calendário da ISA, que costuma ser bem planejado. Por enquanto, a gente não tem verba.
E quais serão os custos de participação?
Calculamos algo em torno de 55 mil reais. Já conseguimos os uniformes completos com a Out Burst, que apoia alguns eventos, inclusive etapas do brasileiro. Agora, vamos tentar dividir o que falta em cotas de patrocínio e apoio, buscando empresas que ligadas ao segmento. Mas, esse time de remadores que está indo, assim como a comissão técnica, ama demais o esporte. Então, já estamos acostumados a ir a campeonatos sem patrocínio. Em geral, também tem premiação em dinheiro, mas não nesse evento.
Existe o risco de vocês não irem?
Pelo o eu que conheço dessa equipe, iremos de qualquer jeito, nem que seja tirando dinheiro do bolso. Representar o nosso país é algo que fazemos com muito orgulho e honra. Eu não vou remar, mas sinto como se fosse a mesma coisa. Enquanto manager, vou ajudar meus companheiros para que tenham o mínimo de preocupação possível.
Como será o formato da prova?
A prova de SUP race é dividida em uma maratona de 18 quilômetros e um desafio, estilo Battle of Paddle. A maratona começa e termina na água, seguindo a indicação de boias, e vence o mais rápido. No desafio, o atleta larga da areia, passa pela arrebentação, chega a uma boia e volta surfando. É um circuito onde eles dão algumas voltas, totalizando 4,5 quilômetros de distância. No SUP surf, pontua quem faz as melhores manobras. Já o paddleboard será uma remada de 5,7 quilômetros, também no estilo corrida. Ainda terá uma competição de SUP race e paddleboard em dupla mistas, na qual remará um homem e uma mulher de cada modalidade, fazendo revezamento a cada 1 quilômetro, aproximadamente.
E como estão os treinos?
O circuito brasileiro acabou no dia 17 de dezembro de 2011. Todos já vinham em um ritmo intenso de treinamento e, depois dessa parada, o pessoal está retomando. Eu já informei aos competidores sobre as distâncias no campeonato, para que eles treinem em cima desses valores.
Este texto foi escrito por: Pedro Sibahi