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Brasil não consegue aprovar santuário de baleias no Atlântico sul

Apesar de obter maioria na proposta brasileira de criação do Santuário de Baleias do Atlântico Sul, o Brasil não conseguiu os votos necessários para a criação dessa área de preservação ambiental. Pelas regras da Comissão Internacional da Baleia (CIB) seria necessário três quartos dos votos.

Com 26 votos a favor e 22 contra, a proposta teve maioria de votos na reunião anual que foi realizada em Sorrento, na Itália. Mas mesmo assim, abaixo do três quartos.

O secretário de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, informou que o Brasil irá ampliar e intensificar a negociação com os países da CIB para a criação do santuário que abrange uma área extremamente importante para a reprodução, amamentação, migração e a alimentação de diversas espécies de baleias.

Objetivo – O Santuário do Atlântico Sul protegeria as baleias em uma região que compreende, além do alto mar, as costas do Brasil e da África, desde a linha do Equador até o limite de 40 graus sul, onde se inicia o Santuário Antártico.

Já existem dois santuários aprovados – o da Antártida e o do Oceano Índico. Uma outra proposta de santuário, a do Pacífico Sul, apresentada pela Austrália e Nova Zelândia, também foi rejeitada. Atualmente a caça comercial às baleias é proibida, mas um grupo de países tenta reverter a proibição. A criação dos Santuários do Atlântico Sul e do Pacífico Sul tem como objetivo garantir que a caça nestas regiões seja terminantemente vetada.

A proposta do Santuário do Atlântico Sul foi apresentada em conjunto com a Argentina. Nos dois países a observação de cetáceos produz um importante fluxo turístico em algumas regiões costeiras. No Brasil, em Santa Catarina e na Bahia. Para todos os países do Atlântico Sul, o ecoturismo, a pesquisa científica e a valoração cultural das baleias como espécie-símbolo da conservação marinha tem grande importância estratégica.

Desde 1987 o Brasil pertence ao grupo de países que optaram pelo uso não-letal da baleias, uma maneira de tirar vantagem de maneira sustentável, das espécies que freqüentam nossas águas.

Este texto foi escrito por: Webventure