Fábio César Samuel Lucas Eduardo Rafael Danilo e Paulo. (foto: Arquivo Pessoal)
A falta de patrocínio pode determinar a ausência de representantes do Brasil no Campeonato Mundial de Rafting que acontecerá entre os dias 27 e 31 de agosto, no rio Vltava, na cidade de Lipno, na República Tcheca.
Tudo porque a Bozo da Água, equipe que garantiu a única vaga nacional com a conquista do título do Campeonato Brasileiro, ainda busca empresas interessadas em arcar com as despesas para a viagem dos integrantes até a Europa.
Estamos à espera de patrocinadores. Sem eles, ficará muito difícil, praticamente impossível, que consigamos participar do Mundial, explica Fábio Ramos, um dos oito integrantes da equipe de Brotas, cidade localizada no interior do estado de São Paulo.
Enquanto esperam por contatos, os atuais campeões nacionais treinam e agilizam a documentação. Na tarde desta terça-feira (15/06), eles estiveram na Polícia Federal regularizando os passaportes para a viagem que torcem para que se concretize. O Mundial contará com cerca de 25 equipes de países diferentes.
Empresas interessados em apoiar a Bozo da Água podem entrar em contato através do email binhoguia@yahoo.com.br ou pelo telefone com Fábio no número (14) 9788-6552. Precisamos viajar com pelo menos quatro dias de antecedência para a República Tcheca. Só assim conseguiríamos nos adaptar ao fuso e conhecer um pouco do local das provas, acrescenta.
A primeira colocação no 8º Campeonato Brasileiro de Rafting, realizado entre 19 e 22 de junho, na cidade de Nova Roma do Sul, no Rio Grande do Sul, foi conquistada pela Bozo da Água graças à muita animação, segundo os próprios integrantes da equipe.
Cantamos bastante durante todas as provas para espantar os maus olhados, o desânimo e tudo de ruim que pudesse estar à nossa volta, conta Fábio Ramos. A música mais cantada foi a de autoria de um amigo do grupo. Ela deu bastante força a nós sempre que precisamos.
Além de servir para superar os adversários, as cantorias foram úteis para driblar o frio da cidade gaúcha. Durante os dias a temperatura ficava em torno dos oito graus. Agora imagine como estava a água do rio das Antas, ressalta Fábio, se referindo ao local das disputas.
Cinco dos oito integrantes da Bozo da Água ficaram doentes. Dois tiveram princípio de pneumonia e outros três apresentaram forte resfriado. Em razão disso, a equipe teve de ser alterada três vezes ao longo dos dias de disputa cada time mantém seis atletas em atividade.
A Bozo da Água concluiu o nacional com 820 pontos conquistados, 200 a mais que a Central Sul, de Três Coroas do Sul (RS), e 244 a mais que a Canoar Competition, de São Paulo (SP), segunda e terceira colocadas, respectivamente. Foram três vitórias (Descida, Sprint e Tiro de Velocidade) em quatro provas.
Na única vez em que não venceram (no Slalom), os paulistas ficaram com a sexta colocação. Fizemos um grande campeonato, de acordo com as nossas expectativas e estamos todos muito felizes com o resultado final, garante Fábio Ramos.
O rio das Antas apresentou nível de dificuldade 4 e 5 para operação. Comparado ao de Brotas, possui mais corredeiras e menos quedas.
Fundada cerca de dois anos atrás, a Bozo da Água tem seus atuais oito integrantes há apenas seis meses. Uma reunião bem sucedida de remadores de diversas cidades paulistas e muitos treinos resultaram na conquista do Brasileiro da categoria.
Com média de idade baixa, a equipe conta com os seguintes competidores: Fábio Ramos, César Aparecido, Samuel de Almeida, Lucas Paulino, Eduardo Furquim, Rafael Ribeiro, Danilo Adão de Macedo e Paulo Pereira. Os seis primeiros são os titulares, mas todos participaram da campanha em Nova Roma do Sul.
Eles se dividem em três duplas, que exercem funções diferentes dentro do bote: César e Lucas ocupam a proa e são responsáveis pelo sincronismo da equipe. Na parte do meio do bote costumam competir Samuel e Eduardo, com a incumbência de dar a força à embarcação.
Por fim, a dupla que fica no leme de poupa, ou seja atrás, é formada por Rafael e Fábio. Eles têm de dar direção ao bote.
Este texto foi escrito por: Jorge Nicola