Com os seis melhores atletas do país, o Brasil deve encarar de frente as maiores feras da asa no Mundial da modalidade, que começa no próximo dia 19 e vai até 8 de agosto, em Monte Cucco, na Itália. “No ano passado, no pré-Mundial, nós ficamos em terceiro lugar na prova de equipe”, lembra o treinador da seleção, Chico Santos. Ele também acredita em bons resultados no individual, com o atual campeão brasileiro, Beto Schmidt, e André Wolf, ambos gaúchos.
Além deles, o Brasil será representado por Gustavo Saldanha, Carlos e Luís Niemayer, e Pedro Matos. Mas, apesar das boas chances, todos estão tendo que tirar do próprio bolso o dinheiro para competir pelo país.
Em entrevista exclusiva à Webventure, às vésperas da viagem à Itália, Santos fala dos sacrifícios de competir sem patrocínio, das condições de vôo de Monte Cucco e faz um balanço da asa no Brasil.
Webventure – Quem são os maiores adversários do Brasil no Mundial?
Chico Santos – Sem dúvida, os pilotos alemães, austríacos e ingleses. No individual, o atual campeão é o alemão Guido German. E ele virá buscar o bi neste ano.
Webventure – As condições de vôo na Itália dão vantagens ao europeus?
Santos – Não, nós brasileiros temos nisso um grande trunfo, já que tudo é muito parecido com o que temos aqui em relação a vento e altitudes. O local em si é muito bom, tanto para decolagem como para o pouso.
Webventure – A seleção brasileira tem algum apoio para bancar os custos da competição?
Santos – Por enquanto não. Tudo ainda sai do nosso bolso, inclusive a taxa de inscrição no Mundial, que foi de US$ 500…
Webventure – É só isso que falta para o Brasil se tornar um país de ponta na modalidade?
Santos – É, temos muitos pilotos bons, lugares ótimos para o vôo e o esporte vem crescendo, apesar de ser novo – foi trazido para cá há 20 anos apenas. Mas a falta de patrocínio impede que sejamos ainda melhores.
Este texto foi escrito por: Luciana Oliveira