André Azevedo, Klever Kolberg e Juca Bala vencem etapa nas respectivas categorias durante disputa em forma de laço na Mauritânia
Atar (Mauritânia) O dia de descanso fez bem aos pilotos da Equipe BR Lubrax. André Azevedo, na categoria caminhões com um Tatra ao lado dos checos Tomas Tomecek e Mira Martitnec, Klever Kolberg e o francês Pascal Larroque (Mitsubishi Pajero Full) e Juca Bala, com uma Honda Falcon Rally, venceram nas respectivas categorias na etapa desta segunda-feira do Rally Paris-Dakar, em Atar, na Mauritânia. O trecho, com largada e chegada no mesmo lugar, teve 404 quilômetros no total (366 cronometrados). Luiz Mingione fez o segundo melhor tempo na Super Production até 250 cilindradas com uma Honda Tornado Rally e manteve a liderança da categoria.
Em 2002 estamos levando boas recordações de Atar. A primeira é essa vitória na categoria caminhões, derrotando o Kamaz do russo Vladimir Tchaguine, que tem muito mais potência que o nosso Tatra. A segunda é o tempo, que está ótimo, com muito sol, disse Azevedo. Na edição passada do Dakar, em Atar, ele abandonou a competição quando liderava a categoria devido a problemas mecânicos no caminhão.
Juca Bala também se deu bem nesta segunda-feira. Ele venceu a categoria motos Super Production até 400 com uma Honda Falcon Rally e subiu uma posição na classificação acumulada, passando de quarto para terceiro. O paulista de São Roque é o atual campeão da prova e está tentando o bicampeonato.
Até os primeiros 170 quilômetros não havia nenhuma dificuldade considerável, mas depois a prova ficou complicada. Para se ter uma idéia, a organização demarcou com pequenas bandeiras cerca de 30 quilômetros nas dunas para que ninguém saísse daquela rota. Se passasse um quilômetro à esquerda ou à direita, seria impossível sair de lá, contou o brasileiro.
Mas nem toda a etapa foi tranqüila para Juca Bala. Ele sofreu uma queda durante o trecho cronometrado. Cento e noventa quilômetros depois da largada, fui atravessar uma pequena duna, com cerca de um metro de altura e caí. Atrás dela havia um degrau de rocha. Não aconteceu nada com a moto, levantei e segui em frente. Outras pessoas devem ter caído ali porque vi pedaços de carenagem de motos no chão, contou Juca.
Carros
Klever Kolberg e Pascal Larroque fizeram uma boa prova e venceram a categoria Super Production diesel. Entre todos os carros que disputaram a prova, Kolberg fez o oitavo melhor tempo. Agora, com o resultado, o brasileiro é o décimo na geral acumulada e segundo na categoria. Estou feliz com o resultado. Chegar emoitavo no Paris-Dakar é como chegar em segundo na Fórmula-1, e não estamos com nenhuma Ferrari ou McLaren, comparou.
Antes mesmo de entrar no trecho cronometrado, Klever e Pascal tiveram
problemas com os odômetros digitais do Pajero Full, aparelhos que marcam a quilometragem percorrida. Eles pararam de funcionar. E nem o GPS conseguimos usar, que, além de indicar a posição geográfica exata via satélite, também tem esta função, contou. Mas não foi só. No quilômetro sete da prova, o pneu dianteiro direito perdeu pressão e saiu da roda. O sistema que enche e esvazia os pneus em movimento está com defeito, contou Kolberg.
A Equipe BR Lubrax tem patrocínio da Petrobras, BR Distribuidora, Mitsubishi Motors do Brasil, Pirelli, e Eletronet, e apoio das Concessionárias Honda, VAZ Sprockets Chains, Carwin Acessórios, Controlsat Monitoramento de Frotas Via Satélite (Grupo Schahin), Iveco, Minoica Global Logistics, Mitsubishi Brabus, Planac Informática, Nera Telecomunicações, Telenor, Dakar Promoções, Kaerre, Capacetes Bieffe, Lico Motorsports, Vista Criações Gráficas e Webventure.
Este texto foi escrito por: Ricardo Ribeiro / Ana Carolina Vieira