Brasil Wild: uma prova para guerreiros

Visual da tirolesa da etapa Poços de Caldas da terceira etapa do Brasil Wild (foto: Patrícia Croci/ www.webventure.com.br)

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Direto de Poços de Caldas (MG) – A última etapa do circuito Brasil Wild confirmou o que muitos atletas já esperavam: muita beleza e dureza nas terras do sul de Minas Gerais. Tanto que muitas equipes continuaram o percurso incompletas, devido ao cansaço e desistência de um dos integrantes.

Foi o caso da equipe Echomidias Brazucaz, cujo triatleta Eduardo Sarhan se viu obrigado a deixar a competição no PC 6/ AT 5, quando a equipe estava na terceira colocação, pois sentia muitas dores no joelho.

A decisão de deixar seus companheiros foi muito difícil, segundo ele, mas não desanimoi o resto da equipe, que prosseguiu na prova. “Adoramos as provas do Júlio. Elas são técnicas, com estratégia e de força também. Infelizmente o problema no meu joelho impediu que eu continuasse, mas prefiro abandonar agora e me resguardar para futuras competições do que forçar a barra e ter um monte de problemas mais sérios até o fim da prova”, explicou Sarhan.

O atleta quer se preservar porque planeja competir no Ecomotion/Pro no próximo mês, mas embarca em suas semanas para França e compete numa prova de ciclismo de 4.100 km pelo mesmo percurso do Tour de France, a chamada Le Direct Tour (www.ledirectour.com).

Equipe forte – A Brazucaz veio motivada para esta última etapa do circuito, com chances reais de conseguir as primeiras colocações. A atual formação é de triatletas renomados. Além de Sarham, integram a equipe Eduardo Akira que garantiu vaga para o Ironman do Havaí em 2005; Alexandre Manzan um dos melhores do Brasil e 2o colocado no evento X Terra, que aconteceu em julho em Ilhabela; e Lillien Vaher que também garantiu vaga para o Ironman Havaí. Ela porém não participará da prova mundial por falta de patrocínio.

Apesar de a equipe ter continuado, Lillien também abandonou a prova no início da noite. Ela desanimou por causa do frio intenso e decidiu seguir com a equipe de apoio. A equipe é bastante entrosada e treina forte para conseguir melhores resultados. Manzan, além de nome nacional no triatletismo, é bom navegador.

Enquanto a Brazucaz desistia, chegava na Área de Transição do bairro do Pantano a equipe Mitsubishi Salomon Quasar Lontra, que fez uma transição muito rápida para o trecho de mountain bike e foi observada com admiração pelas equipes de apoio.

“A corrida Brasil Wild é uma prova linda e muito dura. Uma prova guerreira, em que somente os melhores sobrevivem…” disse, super adrenada, a atleta Marina Verdini, da Quasar Lontra. A equipe ganhou a prova em Poços de Caldas.

*Patrícia Croci é produtora de eventos e participa das corridas de aventura como colaboradora e membro da organização desde 2000. Ela trabalhou durante cinco anos na EMA – Expedição Mata Atlântica.