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Brasileira Roberta Borsari termina em 8º lugar no Mundial de Kayaksurf


Roberta Borsari é a 8ª colocada no Mundial da Espanha (foto: Divulgação/ Koldo Erauzkin)

A canoísta brasileira Roberta Borsari conseguiu a oitava colocação no Mundial de Kayaksurf, que terminou no último dia 28. Confira abaixo o relato de Bebeta sobre sua última bateria na prova, além de sua avaliação sobre o resultado.

Depois de 15 dias no país Basco, onde tive que me adaptar ao clima frio, costumes locais e as ondas, tudo isso me pareceu uma longa caminhada. O dia amanheceu completamente gelado com 5ºC e ventando muito no dia em que participaria das semifinais. Para mim, chegar até aqui já foi uma grande vitória, a partir das semifinais só mais uma etapa pela frente. Meus objetivos ao participar deste mundial sempre foram: representar bem meu país e patrocinadores, conhecer a força da famosa onda de Mundaka, surfar em um novo país, me manter entre as TOP 10 do kayaksurf mundial e, se possível, chegar as finais sonhando com uma medalha. Boa parte destes objetivos foram cumpridos!

Naquela manha gelada minha bateria seria com uma norte-americana, uma irlandesa e uma canadense. As condições estavam muito ruins, com ventos fortes, mar chacoalhando bastante e a maioria das ondas fechando, realmente uma avaliação difícil. Não foi meu melhor dia (definitivamente), naquela que seria a minha última bateria da competição. O meu resultado final ficou sendo o 8º lugar no ranking do kayaksurf mundial.

Foi uma boa trajetória. Quando saí de São Paulo estava me recuperando de uma lesão no ombro, treinei somente nos dois últimos meses e disse aos meus amigos que só saberia se estava completamente recuperada após este Mundial. É claro que tenho que agradecer a minha acupunturista, que além de preparar meu ombro para o que vinha pela frente, ainda me deu um kit primeiros-socorros, vindo diretamente da China que, graças a Deus, não precisou ser usado. Até as vésperas da viagem ainda sentia dores no ombro, dores estas que sumiram completamente a cada dia de surf que tive por aqui.

Muitos atletas vieram para Espanha motivados pelo fato do Campeonato Mundial acontecer em uma das praias mais famosas da Europa para surf: Mundaka. Devido às marés, os horários de provas eram restritos em Mundaka e boa parte da competição aconteceu na praia vizinha, em Bakio.

Este foi um campeonato polêmico do ponto de vista das notas dos juízes. Alguns canoístas saíram insatisfeitos com as suas pontuações. Vi classificações da quais não concordo, mas nas provas individuais nem eu, nem meu irmão podemos falar que fomos injustiçados. Os melhores dias de onda com certeza foram antes e depois da competição. Ondulações de dois metros entraram na véspera da prova e depois dela.

Tivemos momentos de boas ondas durante a prova, mas você precisava ter sorte para cair num horário sem vento. No feminino os resultados foram: 1º Valerie (Canadá), 2º Treesa (EUA) 3º Davon (EUA) 4º Alison (Jersey). No masculino os resultados foram: 1º Rusty (EUA) 2º Sean (EUA), 3º Chris Harvey (Inglaterra) e 4º Edu Extribeira (Basco).

Avaliação – Fazendo um balanço geral deste mundial meu saldo foi positivo, pois pude surfar Mundaka com swell grande e sentir (de verdade) a sua potencia no free surf, me mantive entre as TOP 10, revi amigos que fiz nas últimas provas internacionais, conheci o país Basco, tive certeza da recuperção do meu ombro e mais uma vez representei meu país e meu patrocinadores. Não posso deixar de agradecer às empresas que apostam no kayaksurf brasileiro: UOL, TAP, Adventure Gears, Hidro 2, Mormaii, Gath, Mega, Fórmula Academia e AquaBound.

Deixo aqui também um agradecimento especial à toda a equipe do Webventure, que nestes dias me colocou em contato com o Brasil e mais uma vez abriu espaço para o kayaksurf. Volto para meu país com saudades do calor e dos meus amigos e família, com gás para continuar o trabalho que mantenho no KAYAKSURF CLUB e com os planos do próximo mundial em Portugal!

Valeuuuu!

Bebeta.

Este texto foi escrito por: Roberta Borsari