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Brasileiro de Velocidade aponta briga entre montadoras

A primeira etapa do Campeonato Brasileiro de Rali de Velocidade, realizada em Tijucas e Balneário Camboriú (SC) no último fim de semana, apontou grande disputa entre marcas, que deve ser a tendência para a temporada 2007. Mesmo com um grid de 26 veículos e que ainda estavam divididos em três categorias sete montadoras marcaram presença na prova.

Na N4, categoria com maior preparação, o domínio foi dos Lancer Evolution. Apenas um Subaru Impresa competiu, dos irmãos Juliano e Rafael Sartori. A vitória, porém, ficou com o atual campeão Édio Füchter e o navegador Lelo Carvalho, a bordo do Evo 9, lançamento da Mitsubishi.

A A6, categoria intermediária, foi mais heterogênea, com a presença de dois Pálios e três Peugeots 206, além de um VW Gol. Luís Tedesco, da equipe Fiat, foi o mais rápido em todas as especiais do sábado, teve um problema mecânico e deixou o título nas mãos de Rafael Túlio, que além da vitória garantiu o show para o público presente nas especiais, fazendo a maioria das curvas de lado.

A N2, categoria com maior restrição na preparação dos veículos, foi a que mais reuniu marcas diferentes. Além da estréia do Chevrolet Celta Rali, com dois carros, teve também Gol, Golf, Fox, 206, Palio e até um Ford K. A vitória ficou com o piloto Fabio Dall’Agnol, seguido pelo Celta de Ulysses Bertholdo.

A avaliação dos pilotos ao fim da prova foi positiva. O terreno com piso duro coberto por uma camada de terra solta proporcionou muita velocidade e derrapagens. Show para o público do lado de fora e sufoco para os pilotos controlarem os veículos. “A pior parte foi na saída das curvas, quando precisamos tracionar para controlar o carro e por causa da terra solta ele demora para embalar”, comentou o campeão Füchter.

Para ele, a diversidade do grid deve dificultar a manutenção do título. “Acho que vai ser um dos campeonatos mais competitivos dos últimos anos. Os três primeiros lugares são carros Mitsubishi Evo 9 que estrearam nessa prova. O carro é muito bom e foi o melhor que já pilotei nos meus 25 anos de rali, mas precisamos melhorar para buscar mais um título”, concluiu.

O trabalho de Juliano Sartori para tentar tirar o título da Mitsubishi será difícil. “Infelizmente não foi o resultado planejado. Temos agora que rever algumas coisas que deram errado no carro para podermos corrigir a tempo de correr a próxima etapa em Pomerode. Com o carro inteiro, poderemos sim fazer frente ao pelotão de Lancers que estão correndo na nossa categoria”, disse o piloto, que terminou em quinto lugar.

Briga na N2 – A N2 foi marcada por duas estréias. O piloto Fabio Dall’Agnol a bordo do Fiat Palio começou a temporada com vitória. “Foi uma grande prova para nós. A partir das duas primeiras especiais, ainda no sábado, já sentimos que poderíamos chegar à vitória. Abrimos boa vantagem para os concorrentes e depois disso pudemos correr com um pouco mais de tranqüilidade sem a pressão de ter de buscar o resultado”, comentou.

A outra estréia ficou por conta da equipe Chevrolet Rally Team no rali de velocidade. Dois Celtas 1.4 preparados para competição fizeram parte do grid. Ulysses Bertholdo e Sidinei Broering terminaram em segundo lugar. Marlon e Joseane koerich ficaram em quinto lugar.

“A participação do Celta foi acima da expectativa. É um carro que ainda não está pronto, estamos começando a mexer, mas já está competitivo e confiável. Sabemos que ainda temos muito que fazer, mas é gratificante saber que ele já esta nesse nível”, comentou a navegadora Joseane. “Agora começa tudo de novo, preparação do carro, os ajustes, os treinos. Vamos trabalhar bastante e esperamos fazer um ótimo rali em Pomerode”, conclui. A próxima etapa do Brasileiro de Velocidade está marcada para o dia 28 de abril.

Este texto foi escrito por: Daniel Costa