Jean Azevedo (foto: Henrique Skujis/Divulgação)
Exclusivo, da redação do Webventure – É a primeira vez que um brasileiro vence uma especial das motos no Rali Dakar. A vitória de Jean lhe garantiu mais uma colocação na classificação geral, agora em sétimo, à frente de Giovanni Sala e próximo aos melhores pilotos do mundo, como Fretigne, Pujol e Alfie Cox. Esta é a antepenúltima especial deste rali antes da chegada na capital do Senegal, Dakar.
É claro para todos no rali que, desde a morte de Fabrizio Meoni, no acidente da 11ª especial, os melhores pilotos estão pouco concentrados e temerosos quanto às especiais.
Em declaração ontem, Alfie Cox mencionou que os pilotos esperam pelo fim desta competição para estudarem seu futuro. “Não há pressão porque não existe realmente vontade de querer mudar a classificação geral”, disse Cox.
Mas isso em nada tira o brilho do melhor piloto brasileiro de rali cross-country, que no Brasil e no Exterior mostra sua força e técnica dia após dia. Campeão diversas vezes no Brasil, o tímido e ao mesmo tempo audacioso Jean comparava antes de viajar o terreno da África Negra com as especiais do Rally dos Sertões, no Brasil.
Forte – Essa chamada África Negra tem características bem parecidas com as que encontramos no Rally dos Sertões, avaliou o brasileiro. E por isso levo bastante vantagem. Outro ponto positivo é que já estou num ritmo de prova bom e é um terreno que conheço bastante, disse Jean.
O fato de treinar no terreno repleto de dunas e areias faz diferença para o piloto, que antes de viajar disse que gostaria de ter participado dos treinos de final de ano que o amigo e piloto da KTM Carlo de Gavardo promove no deserto do Atacama, no Chile. Mas compromissos de agenda e campeonatos aqui no país o impediram de ir neste ano.
Ainda assim, antes de irem para o Rali Dakar, todos os pilotos da equipe Petrobras Lubrax fizeram treino nas dunas de Arraial do Cabo (RJ). As longas especiais, no entanto, são uma peculiaridade do Rali Dakar e nisso Jean mostrou seu bom preparo físico, para aguentar os 529 quilômetros de especial em cima de sua KTM.
Este texto foi escrito por: Cristina Degani