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Brasileiros ajudam equipes estrangeiras na Volvo

Redação Webventure/ Vela

Brasil 1 em sessão de treino (foto: Daniel Costa)
Brasil 1 em sessão de treino (foto: Daniel Costa)

Direto do Rio de Janeiro(RJ) – O favoritismo do Brasil 1 na in-port race por ter conhecimento da Baía de Guanabara está ameaçado por outros brasileiros. Cada equipe estrangeira selecionou um velejador carioca para passar informações e táticas sobre o local onde acontecerá a regata no sábado.

O bicampeão mundial de Star Gastão Brun, pai do velejador Lucas do ABN Amro 2, irá auxiliar o Team ABN Amro na preparação. Gastão está velejando nesse momento com a tripulação do barco dois da equipe e, além do filho, será o responsável por passar toda a experiência aos velejadores estrangeiros.

No Ericsson Racing Team, o atual campeão mundial de J/24 Maurício Santa Cruz também está na água passando todas as informações sobre a baía para a equipe sueca. O Ericsson conta com o novo comandante John Kostecki, atual campeão da Volvo Ocean Race, como outro reforço para a in-port. “Velejo aqui desde de pequeno e conheço muito o local”, adiantou Santa Cruz.

Scheidt no Piratas – Já o Piratas do Caribe terá ajuda dupla. O veterano da classe Snipe Ivan Pimentel dará o apoio para a equipe americana, que terá na sexta-feira o reforço do bicampeão olímpico Robert Scheidt. “O Ivan irá nos ajudar nos treinos na Baía de Guanabara para a in-port. Sobre o Scheidt, sabemos que ele não é do Rio de Janeiro, mas espero que ele já tenha velejado muito por aqui. É um grande velejador e será um reforço importante”, disse Paul Cayard, comandante dos Piratas.

A Baía de Guanabara é um lugar traiçoeiro segundo os velejadores mais experientes. “Não tem regrinha, é muito imprevisível. Não tem um dia igual ao outro e precisamos sempre estar com o olho aberto a qualquer tipo de mudança”, afirmou Torben Grael. O comandante do Brasil 1 não crê em favoritismo por causa do conhecimento da raia. “Estamos acostumados com barcos menores, em que as reações são muito mais rápidas do que em um veleiro do tamanho do Brasil 1.”

A baía possui uma grande pedra no meio e é cercada de morros. A cheia e a vazante da maré não acontece como em outros lugares e mudam constantemente a direção e a intensidade do vento e as montanhas em volta fazem verdadeiras sombras de vento. Os barcos correm o perigo de ficarem presos em uma delas.

O comandante também explicou que o procedimento de chamar velejadores locais para auxiliar na preparação para a in-port é comum durante as paradas da Volvo Ocean Race. “Nós também fazemos isso quando estamos em outros locais. Foi assim em todas as paradas”, disse Grael.

Este texto foi escrito por: Daniel Costa

Last modified: março 22, 2006

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