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Brasileiros apresentam equipe para o Dakar


Caminhão da equipe (foto: Donizetti Castilho/Divulgação)

Os brasileiros seguem motivados para a disputa do Rali Dakar 2009. Na última terça-feira, a equipe Petrobras Lubrax apresentou a sua equipe em São Paulo. O time será representado nas categorias moto, carro e caminhão na prova que será disputada a partir do próximo dia 3 de janeiro, em Buenos Aires, na Argentina.

Como novidades, o time terá o piloto de moto Rodolpho Mattheis e a dupla de carro Jean Azevedo/Youssef Haddad. “Embora já tenha nove participações no Dakar farei a minha estréia em quatro rodas. Creio que a minha experiência com as motos me ajudará neste novo desafio”, afirmou Jean Azevedo que terá o brasileiro Youssef Haddad como navegador.

Já Rodolpho Mattheis será o representante na categoria motos, com uma KTM 450. O piloto também estava em Portugal quando o último Dakar foi cancelado. “Foi um grande balde de água fria ao saber que o Rally Dakar 2008 foi cancelado poucas horas antes da largada. Estava muito ansioso, passei noites mal dormidas com aquele friozinho na barriga. Não acreditava que iria realizar o meu sonho que era encarar a prova off road mais dura do planeta. Tinha me preparado e fiquei muito triste por não poder correr a última prova do Jean em duas rodas ao lado dele. Acredito que essa foi a parte mais triste, pois todos nós apostávamos que o Jean conseguisse um pódio em sua despedida das motos”, afirmou Rodolpho.

Sobre o novo percurso, que será entre a Argentina e o Chile, os brasileiros explicam que é necessário realizar alguns ajustes nos veículos, por conta da altitude. Jean Azevedo, que costumava treinar no Atacama para o tradicional Dakar africano, prevê uma competição dura. “O cenário e o clima favorecem situações bem complicadas para um competidor. Além do forte calor, as dunas da região são até mais altas do que as do Saara, atingindo altitudes de até 4.000 metros. Nos veículos, principalmente no carro, as zonas de ar rarefeito, como nos Andes, obrigam-nos a mudar a configuração do Mitsubishi. Também teremos que ajustar o abastecimento de combustível já que o pouco oxigênio afeta os motores. Se a regulagem não for adequada, corremos o risco de superaquecer”, explica.

No caminhão Tatra da equipe Petrobras Lubrax as alterações foram poucas, mas sempre focadas na evolução do peso-pesado. “O veículo foi encurtado 10 centímetros para facilitar as manobras, adquirimos alguns itens novos como bomba de óleo para a direção e a suspensão dianteira e alteração de material para as sapadas de freio”, conta André Azevedo.

Este texto foi escrito por: Webventure