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Brasileiros comentam maior especial do Dakar


André Azevedo é o melhor brasileiro na prova (foto: Charles Maindru)

Jean Azevedo, piloto de moto
Eu diria que hoje foi um dia normal, sem quebras. Quando eu não quebro, ando dessa forma. E eu ainda perdi um pouco de tempo por conta de uma falha no GPS que a organização fornece [que só funciona como bússola e para alertar pontos de desaceleração monitorados por radar]. Ele ficou sem funcionar por cerca de uma hora, tive que esperar um piloto que eu já havia ultrapassado para segui-lo.

Dimas Mattos, piloto de moto
Foi a especial mais difícil de toda minha vida. Mas estou indo bem, maneirando, o objetivo é chegar.

Carlos Ambrósio, piloto de moto
Essa etapa foi fogo. Ou era pedra, ou era areia, ou era pedra na areia. Mas tudo bem, estou com tudo pra chegar. Nossa estratégia foi a de fazer uma especial bem conservadora e sem grandes riscos pois, além de percorrer mais de 600 quilômetros, sabíamos que não teríamos apoio técnico antes da etapa de amanhã, onde serão mais 500 quilômetros até Nema.

Paulo Nobre (Palmeirinha), piloto de carro
A Mauritânia é o seguinte: se correr o bicho pega, se ficar o bicho come. A especial de hoje tinha quase 600 quilômetros e uma parte de dunas, que não eram muito grandes. Mas a areia é tão fofa, que parece que ela engole o carro, é impossível não atolar. Até os líderes atolaram, só que a diferença é que nós atolamos mais.

Riamburgo Ximenes, piloto de carro
Já sobrevivemos a verdadeiros milagres nessa prova, os meus primeiros dias no deserto me mostraram que é preciso encaixar-se no espírito da competição, entrar no ritmo alucinante que é este rali e ai sim, sendo parte dele, vivê-lo com total intensidade. Nosso carro está muito bem, até hoje não passamos por nenhum tipo de problema mecânico, e a etapa maratona veio confirmar nossa confiança no veículo. Nossos problemas na verdade foram outros, tivemos que parar cinco vezes com pneus furados, chegamos ao final da especial graças a pneus emprestados. A Red Line preparou um carro apto a situações diversas, eu estou impressionado.

Lourival Roldan, navegador de Riamburgo
Em um Dakar, qualquer vacilo pode tirar um competidor da prova. Muitos já foram eliminados. Esta edição está mais dura, mais difícil mesmo, mais apurada talvez…e vale lembrar que vencerá o Dakar quem tiver menos problemas. Todos vão ter, uns mais outros menos. É um rali! E aqui, não dá para acelerar como em um Rally dos Sertões, por exemplo, é preciso paciência. Estamos na competição motorizada mais radical do mundo, com 15 etapas pelos lugares mais incríveis que se possa imaginar. Todos os dias aprendemos coisas novas, estamos aqui para isso.

Maykel Justo, navegador do caminhão de André Azevedo
Não foi fácil, tivemos dois pequenos problemas, uma atolada, que nos custou uns dez minutos e uma quebra no Rodoar, o sistema que permite regular a pressão dos pneus, que foi pior, perdemos uma meia hora.

Este texto foi escrito por: Redação Webventure