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Brasileiros falam sobre últimos momentos antes da largada do Dakar


Equipes se preparam para a largada em Portugal (foto: Renato Mendes)

Direto de Lisboa (Portugal) – A equipe Petrobras Lubrax no caminhão é liderada por André de Azevedo, tendo como navegador Maykel Justo e como mecânico e co-piloto Mira Martinec. São dois anos de experiência com o navegador e sete com o mecânico. “O entrosamento é muito grande pois no Brasil tive 13 provas com o Maykel ganhei cinco delas, e com o Mira treinei em Setembro testando o caminhão na Eslováquia e República Checa especialmente para o Dakar”, comenta André.

Quando questionado sobre suas expectativas sobre a qualificação geral da equipe Petrobras Lubrax ele informa que “a equipe é a única que no plano do Dakar aparece nas três categorias simultaneamente de forma competitiva”. O piloto aposta no irmão. “O Jean tem um apoio semi-oficial da KTM e uma moto austríaca que venceu os últimos seis ralis, além condições de ficar entre os top ten, bem como todos da equipe”, avaliou.

O trecho mais difícil na opinião de André é o Marrocos, pelas montanhas que cruzam e principalmente por que passam muito próximos de abismos, além do fato de as estradas serem utilizadas também por motos e carros sem distinção. Diferente do rali nacional, a trilha do Dakar é aberta para a passagem de veículos locais.

A grande dificuldade da equipe é o fato de terem somente um participante em cada categoria, enquanto os adversários como Mitsubishi e VW possuem um orçamento muito maior e vários carros na competição. Mesmo com desvantagens André acredita ser possível chegar com seu caminhão entre os cinco primeiros.

Jean Azevedo – O irmão de André espera pela Mauritânia para proferir qualquer diagnóstico. Informa que a parte final da prova na Mauritânia é crítica para a definição dos resultados, por ser esta uma etapa especialmente difícil em função da grande quantidade de poeira e onde as possibilidades de ultrapassagem são mínimas.

Desistente no ano passado, por causa de problemas mecânicos, Paulo Nobre, o Palmeirinha, está mais confiante para 2007. Ele disse que sua participação do ano passado não contou pois não chegou ao fim da prova, e acrescentou: “as especiais devem ser feitas com cabeça muito mais que com o pé. Vou tentar andar bem mas não com o pé no porão, vou tentar fazer um rali como eu fiz o Sertões de 2001 onde em momento algum eu ultrapassei meu limite, era fácil por que era a primeira prova que eu fazia na vida”.

Sua relação com a BMW começou com um teste drive nos carros da montadora antes da prova da Tunísia, ao final o chefe da equipe ficou impressionado com sua performance, a partir desta surpresa Palmerinha acertou sua participação no Rali de Marrocos e chegou em 5º lugar na geral. Depois desta primeira prova com a X 5 da BMW, vieram outras como Rali dos Sertões, Rali do Egito e o Rali de Dubai.

Este texto foi escrito por: Renato Mendes