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Brasileiros participam de recorde mundial


A figura geométrica formada pelos 300 atletas. (foto: Divulgação Azul do Vento)

Ricardo Pettená, Márcia Farkhoul, Breno de Assis e Humberto do Prado foram os brasileiros que participaram do novo recorde mundial de formação em queda livre (FQL) estabelecido ontem (12/12). Ao todo 300 pára-quedistas saltaram nos céus de Eloy, no Arizona (EUA) e permaneceram em forma durante 7.02 segundos. Bastariam três segundos para que o recorde valesse.

A marca anterior, de 282 atletas, foi estabelecida em 1999, na Tailândia, também com a participação de pára-quedistas do Brasil. Nesse espaço de tempo, a quebra já havia sido tentada por cem vezes. Até o Brasil chegou a planejar um evento que visava o 300-way, mas não foi possível realizá-lo.

Os organizadores foram Dan Brodski, integrante do time Arizona Airspeed, bicampeão mundial de 4-way (formação com quatro atletas) e campeão de 8-way; soma 16 mil saltos na carreira; seu colega de equipe Jack Jefferies; e George Jicha (9 mil saltos), também campeão mundial de 8-way.

Pettená foi o único latino-americano escolhido como um dos capitães, pára-quedista responsável por uma parte (setor) da figura geométrica a ser formada no ar. Diretor da escola Azul do Vento, de Campinas (SP), ele também participou do 282-way, na Tailândia, e é considerado um dos principais nomes do esporte no Brasil.

O que é o recorde – Imagine 300 pára-quedistas em queda-livre (antes de abrir os pára-quedas), caindo 60 metros por segundo (200 quilômetros por hora) e tendo apenas um minuto e meio para dar as mãos no ar, simultaneamente e com total perfeição. Depois, precisam se separar e abrir os pára-quedas afastados o suficiente para que não colidam durante e logo após a abertura. Isso é o extenso trabalho para se obter um recorde. 330 pára-quedistas de mais de 40 países que foram escolhidos a dedo para participar da tentativa.

As dificuldades são muitas e as condições, adversas. A 20 mil pés de altura os pára-quedistas podem sofrer hipóxia (falta de oxigênio no cérebro) e desmaiar. Além disso, o choque térmico é muito grande e a temperatura na altitude poderá estar abaixo de 30 graus negativos.

Recordes de FQL vêm sendo buscados desde os anos 60, quando as primeiras formações, com seis a 10 atletas, foram registradas. A marca de 100 pára-quedistas só foi atingida em 1986, superada no mesmo ano, com 120. Em 1992, foi atingido o recorde com 200 atletas, seguido por 246 em 98 e depois pelo evento na Tailândia.

Este texto foi escrito por: Webventure