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Brasileiros seguem para a temporada 2006 do Monte Everest


Everest visto a 8.300m (foto: Helena Coelho)

Novamente montanhistas brasileiros tentam a busca da escalada sem oxigênio suplementar até o cume do Everest, a montanha mais alta do mundo, no Himalaia, com 8.850 metros. A face escolhida é a norte, mais difícil, pelo Tibete.

Na próxima semana e início de abril partem quatro brasileiros: a dupla Vitor Negrete e Rodrigo Raineri, e o casal Paulo e Helena Coelho. O feito ainda não foi realizado por nenhum brasileiro sem cilindros de oxigênio.

Vitor e Rodrigo tentam pela segunda vez este tipo de escalada. Chamada de Try On Go Outside Everest 2006, a expedição tem o patrocínio das marcas Try On e da revista Go Outside e é uma continuação da Expedition II Everest Sem Oxigênio, iniciada em 2005.

No ano passado Vitor conseguiu escalar até o cume, com oxigênio suplementar a partir do acampamento 2, a 7.500m. Vitor chegou no topo do mundo no dia 2 de junho e foi o quarto brasileiro a realizar o feito, após Mozart Catão e Waldemar Niclevicz em 1995. Rodrigo usou oxigênio a partir do acampamento 3, mas não conseguiu realizar o feito, ficando a 50 metros em desnível do cume. (atualizado)

Paulo e Helena Coelho vão pela oitava vez ao Everest, com recursos próprios e apoios de algumas marcas brasileiras, como Curtlo, By, Hi-Tec, Sportslab e Iram. O objetivo deles sempre foi chegar ao cume sem cilindros de oxigênio e sem auxílio de sherpas (guia e carregadores).

No ano passado, o casal retornou dois dias antes da janela de bom tempo em que a maioria dos escaladores conseguiu escalar, nos dias 30 de maio e 1º de junho, principalmente. O casal tinha passagens aéreas marcadas para início de junho e não tinha mais tempo para ficar na montanha. Vitor e Rodrigo também tiveram problemas de visto, que quase expirou pela permanência na China.

Novamente a dupla Vitor e Rodrigo levará cilindros de oxigênios para segurança. Desta vez, serão deixados no acampamento 3, a 8.300 metros. “A decisão de voltar ao Everest foi para concretizar o sonho do Rodrigo em chegar ao ponto mais alto do planeta sem o oxigênio suplementar. A animação é grande e estamos mais preparados”, diz Vitor.

Depois dos 8 mil metros – Ambas as duplas têm apoio de estrutura até o campo base e base avançado. Depois, é cada um por sua conta. A aclimatação é um fator de segurança e risco na montanha e por isso os montanhistas viajam pelo menos um mês antes da escalada, para aclimatar.

Este ano segue também a médica Ana Elisa Boscarioli, que viajará ao Everest com recursos próprios no próximo fim de semana. Ela fará a escalada pela via sul (Nepal) com uma empresa neozelandesa Adventure Consultants, com oxigênio artificial e auxílio de sherpas, e pode ser a primeira brasileira a chegar no cume do Everest.

No ano passado, em comemoração aos 10 anos de vitória brasileira na escalada do Everest, Waldemar Niclevicz e Irivan Gustavo Burda cumpriram o objetivo e estiveram a 8.850 metros de altura, via face do Nepal, com auxílio de sherpas e oxigênio suplementar. Irivan foi o terceiro brasileiro a chegar na montanha mais alta do mundo.(atualizado)

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    Este texto foi escrito por: Redação Webventure