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Brazucas sonham com a vitória no Elf

Não é por ser país sede da competição que o Brasil terá representantes na 2ª edição do Elf Authentique Aventure. Na verdade, as equipes brazucas foram inscritas pela capacidade e qualidade. Com competidores que já estiveram no Eco-Challenge e Southern Traverse, muitos times possuem experiência suficiente para vencer, sem contar as vantagens de correr em casa. São oito equipes, quase todas provenientes do estado de São Paulo. A exceção é a Terra da Luz, de Fortaleza, única representante do Nordeste.

Voz da experiência – Por sagrar-se campeã da Expedição Mata Atlântica 99, a Caloi Lontra Radical Competition ganhou a inscrição automática para o Elf. Todos os integrantes já participaram de corridas de aventuras. Victor Lopes, o capitão, acha que “a equipe tem condições de completar a prova mais longa e, consequëntemente, terminar nas primeiras colocações”. A Lontra possui dois militares do exército, o que poderá ser determinante na navegação e orientação da prova.

Já a equipe EMA/ Brasil, nome que homenageia a prova brasileira, corre junta desde 1997 e é uma das mais experientes por ter participado das duas edições da EMA e da internacional Southern Traverse, realizada na Nova Zelândia. “Cada um já sabe como o outro trabalha, como cada um reage”, comenta o capitão Eduardo Coelho. A atleta, no entanto, não considera as equipes brasileiras favoritas, “acho que elas estarão nas posições intermediárias, enquanto as gringas irão dominar as primeiras”.

Uma das favoritas para vencer a prova, a equipe Reebok Endurance Team, de Said Aiach Neto, conta com competidores renomados, como o montanhista Luis Makoto, e com a pentacampeã brasileira de canoagem, Carmen Silva. Makoto já correu o Eco-Challenge e foi capitão da Equipinico, terceira colocada na Petar 2000. “Não vamos para o Elf cumprir tabela, mas ser uma equipe competitiva”, afirma Said.

Muito mais fôlego – A experiência de equipe não é o forte da Team Zip.Net. Os integrantes participaram de provas distintas e correram separados. Dois competiram no EMA 99, enquanto os outros dois em provas no interior paulista. “Por ser uma prova de longa duração não considero que a equipe tenha experiência suficiente, mas daremos o máximo para terminar a prova”, afirma Pérola Gil, integrante da equipe.

Mesmo tendo a única experiência de competir na Petar 2000, a Tribo dos Pés fez dois treinamentos na Serra da Canastra (SP-MG) como um simulado para o Elf e já se sente preparada para completar a prova. “A equipe competiu na Petar 2000 e foi bem. O importante é poupar fôlego para chegar ao final e traçar um planejamento preciso”, explica Bernadino Pucci, capitão.

Muito menos experiente é a Terra de Luz, mas o time tem a vantagem de conhecer o sertão nordestino. “Nunca participamos de uma corrida de aventura, mas treinamos muito durante quatro meses, debaixo de um sol de 40º e isso vai fazer a diferença no final”, justifica Alfredo Montenegro, líder da equipe. Todos os integrantes são triatletas e já participaram de Iroman.

Há algumas que chamam atenção pela formação. A Brasil Firemen é composta, na maioria, por bombeiros, uma profissão que exige muita força física e paciência para lidar com situações de risco. Já Atenah/Pão de Açúcar é a única equipe de mulheres. Todas as atletas trazem uma certa bagagem em corridas de aventura. É o caso das amigas Patrícia Bertolucci (34) e Ariane Malolava (34), que já participaram da EMA de 98 e 1999, entre outras provas.

Agora é fazer as apostas e acompanhar o Elf, a partir do próximo dia 14, na Webventure.

Este texto foi escrito por: Andre Pascowitch