Na noite desta terça-feira aconteceu o briefing do Baja Balneário Camboriú em São Paulo. A prova será nesse final de semana, dias 18 e 19, em Santa Catarina. O encontro estava marcado para duplas de carros, caminhões e pilotos de motos. Porém os últimos não apareceram.
Depois do boicote no Terra Brasil, a Adventure Eventos entrou em uma série de discussões com os pilotos e a CBM para melhorar as condições do esporte. A reivindicação dos pilotos era por aumento de segurança, eles pediram um piloto contratado para abrir a trilha, a moto 0, e uma cronometragem especial para a categoria.
Houve uma reunião entre pilotos, CBM e a organização sobre as mudanças. Foi uma reunião bastante produtiva em termos de resultados, bem tranqüila. Só que para essa prova não teremos tempo hábil para implementar as mudanças. Então preferimos deixar para o segundo semestre, disse Dimas Mattos.
A Adventure afirma ter aceitado a proposta, contanto que houvesse um aumento no valor inscrição de cada moto para pagar por isso. Como os pilotos não tinham certeza da quantidade de inscritos para essa prova, para dividir os custos e garantir o sucesso das mudanças, preferiram não participar, disse Lincoln Duarte, presidente da Confederação Brasileira de Motociclismo. Com isso, o Baja das Montanhas, em setembro, que não estava previsto no Campeonato Brasileiro da CBM, passa a valer.
Carros e caminhões – Para os carros, tudo continua igual, até o final da noite de ontem eram 16 inscritos na categoria e cinco caminhões.
Logo no início do briefing, Dionísio Malheiro, organizador da Copa Baja, desabafou que infelizmente não existe rali fechado no Brasil. Está previsto no regulamento e nós tentamos ao máximo, mas afirmar que rali é fechado no Brasil é uma mentira, sobre a falta de segurança na última prova. As equipes de carro e caminhão marcaram uma reunião que vai iniciar uma discussão sobre o futuro do rali no Brasil para a noite de sábado, depois do briefing em Camboriú.
Logo depois Fernando Bentivoglio pegou o microfone e começou a explicar como será a prova. Apesar de compacta, será uma prova completa. Terá pequenos fragmentos bem diferentes, afirmou. No sábado irá acontecer o Prólogo e em seguida o Super Prime.
No domingo acontecem duas especiais pelo mesmo percurso. Entre elas, cada equipe terá 20 minutos para fazer apoio, com apenas três mecânicos trabalhando por carro. Equipes com dois ou mais carros terão mais 20 minutos flexíveis por carro, para espera.
Esse tempo permite que cada equipe leve apenas três mecânicos para a prova, já que enquanto é feita a manutenção de um carro, o outro tem 20 minutos para esperar.
A previsão é de chuva para o fim de semana, informou a organização. Segundo o Fernando Bentivoglio diretor de prova, a especial irá começar com uma trilha travada, com techos alagados e outros escorregadios, depois de mais ou menos dez quilômetros vem uma estrada de terra, que entra em uma plantação de eucaliptos, onde o piso poderá estar molhado. Saindo da plantação as equipes irão passar por uma estrada de terra vermelha recém recuperada, que poderá estar lisa conforme o clima. Logo depois vem um trecho de trial com cerca de três quilômetros em uma montanha. Por fim, as equipes irão encontrar uma plantação de arroz, com boa visibilidade e que permite altas velocidades.
E é exatamente de altas velocidades que irá precisar Maurício Neves, que estava presente no briefing. Estamos atrás no campeonato, não vamos preservar nada. Treinamos muito hoje e vamos para ganhar, disse.
Este texto foi escrito por: Daniel Costa