Buenos Aires ou Montevidéu?
Na hora de viajar para o exterior, os destinos da América do Sul costumam liderar os melhores preços, isso sem falar do empurrãozinho burocrático na hora de voar, já que que os brasileiros podem embarcar sem precisar de passaporte ou visto. Além da facilidade burocrática (e das ótimas carnes e doces de leite), cada cidade guarda opções únicas de roteiro para você aproveitar. Está na dúvida? A designer Vivian Oliveira visitou as duas cidades e conta o que achou de cada uma delas.
Buenos Aires – Argentina
Na Argentina, Vivian se hospedou em um bairro chamado Recoleta. “É aonde fica o famoso Cemitério da Recoleta, que a atriz e líder política Eva Perón foi sepultada. O bairro possui os extremos como lugares mais tranquilos, museus e ruas arborizadas, quando de repente você se encontra no meio de uma grande avenida, com redes de restaurantes e ônibus para tudo quanto é lado”, conta.
Na hora de trocar seu dinheiro Vivian da uma dica importante. “Cada real vale em médica 6 pesos argentinos. Não troque dinheiro no aeroporto, lá pagam pouco. Prefira as casas de câmbio grandes, das avenidas movimentadas e guarde um pouco de real, eles aceitam em alguns lugares e fazem a troca por mais dinheiro, fui há lugares que deram troco a 8 pesos por real”, explica.
No primeiro dia da viagem, ela preferiu ficar pelo Centro e conhecer alguns locais “obrigatórios” de quem vai à cidade. “Fui à Casa Rosada, mas não consegui fazer o tour, porque havia um protesto no dia. Andei pela Rua Florida e na Galerias Pacífico, um shopping muito conhecido com o teto cheio de pinturas lindíssimas”, lembra.
Seu passeio favorito foi a Porto Madero, um dos lugares mais badalados de Buenos Aires. Lá é possível visitar a famosa Ponte de La Mujer e o Museu Fragata Presidente Sarmiento. “Também visitei um barco que possui diversas histórias sobre a Argentina e logo em seguida a Reserva Ecológica, um lindo parque que, pelo que notei, é usado para descansar por que trabalha por perto. De lá é possível avistar o Rio de La Plata”, conta Vivian.
Uma dica importantíssima é não cair no que dizem sobre os alfajores de “marca”. “São caros e ruins. O melhor alfajor fica dentro dos mercados, custa baratinho e chama Jorgito (por favor alguém me traga isso). É delicioso, desmancha na boca. Tenho até saudades!”, brinca.
Montevidéo – Uruguai
O turista tem facilidade em conhecer a cidade sendo guiado pelo mapa impresso. Vivian fez muitas coisas a pé e só pegava táxi de noite, para voltar ao hotel. Lá o dinheiro vale mais, 1 real torna-se 9 pesos uruguaios ou até dez, se trocando diretamente com os comerciantes.
“Achei a carne uruguaia mais saborosa, mas o lugar é muito frio. Não tive a mesma sensação de Buenos Aires, de cidade moderna”, explica. Ela começou a visita, assim como em Buenos Aires, por pontos turísticos conhecidos: Plaza Independência, Estátua do general José Artigas, Teatro Solís e a porta de La Ciudadela. “O bom do Uruguai é que dá para ver o Rio de La Plata praticamente de todos os lugares”, lembra.
Se você for ao Mercado Del Porto, onde é possível encontrar uma grande variedade de restaurantes que fazem comidas típicas, precisa experimentar o “medio y medio”, uma bebida que é a mistura de vinho com espumante. “Existe uma rede ótima de restaurantes que se chama La Pasiva, comi pizza e também carne. Tudo muito bem servido e gostoso”, lembra Vivian.
A Fuente de los Candados foi outro lugar por onde a designer passou. Ela lembra muito a ponte dos cadeados que existia em Paris. Uma boa dica é parar na Prefeitura e subir ao mirante. É só pegar seu ticket, próximo ao ponto turístico, entrar, descer até o subsolo e depois subir. O estádio centenário foi outro local de Montevidéu visitado pela designer, mas ela não saiu muito feliz do local. “Dá para fazer o tour, mas estava fechado e o estádio parecia mal conservado, triste”, recorda.
O grande favorito
“Os dois pontos são muito legais, mas prefiro a Argentina. Achei os nativos mais parecido com os brasileiros, os uruguaios já são um pouco mais distantes, apesar de amarem brasileiros. Como falei, a cidade também é mais antiga, então me apaixonei (e quero voltar) pela Argentina”, conta Vivian. Sobre a comunicação, ela diz que é tranquilo se virar sem o espanhol, basta pedir para falarem mais devagar, dá para entender o essencial. A locomoção também é fácil nas duas cidades.