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Caminho do Itupava vai ser restaurado em Morretes (PR)

Vai ser finalmente restaurado o Caminho do Itupava, uma trilha na Mata Atlântica com 22 quilômetros de pedras colocadas no século 19 na Serra do Mar, em Morretes (PR). Uma parceria do governo estadual com o Programa Pró-Atlântica, responsável pelo projeto, quer começar em breve a licitação para mão-de-obra, em outubro no máximo.

Os recursos para a obra são de R$ 723 mil, provenientes do banco alemão KfW, parceiro do governo estadual no Pró-Atlântica. O caminho será dividido em três blocos que podem ser restaurados por empresas diferentes, disse Henrique “Vitamina” Schmidlin, da Secretaria de Estado da Cultura.

Na obra de restauração, será preciso limpar o material que se acumulou sobre as pedras. Em outros pontos, o calçamento desapareceu. Nesses casos, novas pedras serão colocadas, em um padrão diferente do original: “Soaria forçado se tentássemos imitar o trabalho feito anteriormente. Da forma escolhida os turistas saberão o que é antigo e o que é recente.”

Restauração – Vitamina conta que já há 10 anos se estuda a possibilidade de restaurar o Itupava, que, na sua avaliação está em péssimo estado. “Havia trechos onde o caminho tinha sumido. Sabíamos onde estava pelos mapas, mas tivemos de encontrar tudo sob o mato”, disse. Posteriormente, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e o IAP – Instituto Ambiental do Paraná se juntaram ao projeto.

Outro item importante é a construção de nove passarelas nos lugares onde o caminho é interrompido. Sete delas serão feitas em madeira, e as outras duas serão metálicas, passando por cima de rios como o São João e o Ipiranga, ou sobre a ferrovia Curitiba-Paranaguá.

Nas duas extremidades do caminho, em Morretes e em Quatro Barras, ainda haverá centros de visitantes, que darão informações sobre a área e sobre a Mata Atlântica. Serão uma ferramenta de educação ambiental. Os turistas serão cadastrados, a exemplo do que ocorre no Parque Estadual Pico do Marumbi (PR).

As caminhadas pelo local serão interrompidas durante as obras, pois há a questão arqueológica e ambiental. Outra preocupação envolve o gerenciamento do local depois que a restauração terminar. “Temos de prever a manutenção para evitar vandalismo, e estamos discutindo um plano de gestão com a Secretaria de Estado da Cultura e com os municípios”, explicou Marion Gehrke, consultora do Pró-Atlântica.

Este texto foi escrito por: Webventure