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Caminhões se preparam para o Balneário Camboriú


Carlos e Guido Salvini líderes do Brasileiro de Cross-Country (foto: Tom Papp/ www.webventure.com.br)

A categoria caminhões cresce cada vez mais no rali Cross-country nacional. Na última prova, o Terra Brasil, foram nove inscritos. Para o Baja Balneário Camboriú, que acontece nesse fim de semana (18 e 19) em Santa Catarina, parece que a situação vai ser a mesma. Até a última terça-feira, dia do briefing em São Paulo, cinco gigantes já tinham confirmado inscrição.

“A categoria caminhões cresce cada vez mais. Com a entrada de novas marcas, a briga fica cada vez mais difícil”, disse André Azevedo na última etapa do Paulista. Para esse ano, Ford, Mercedes e Volkswagen estão na disputa.

O histórico dos resultados das últimas temporadas mostra um equilíbrio entre as montadoras. A Ford é a atual campeã brasileira, com a dupla Ricardo Domingues e Nilo de Paula em um F4000. “Vamos lutar para pegar uma boa colocação e também esta é uma prova chave para pontuar no Brasileiro”, comentou o piloto sobre a próxima prova.

A Mercedes, com o piloto André Azevedo e diversos navegadores, e Carlos e Guido Salvini faturaram o Sertões do ano passado e o Campeonato Brasileiro de 2003. Este ano a equipe corre com um modelo 1728. “Como a vitória escapou das nossas mãos no Rally Terra Brasil, para o Baja Balneário Camboriú estamos atrás do título”, disse André, que irá correr com navegador novo, Maykel Vilarta. “Esperamos que nada dê errado, pois se trata de uma disputa rápida e se quebrarmos perderemos a prova”, disse Guido Salvini.

A retrospectiva da Volkswagem mostra vitórias no passado. Foi campeã do Rally dos Sertões em 2001, com Alfredo Yahn e do Brasileiro de Cross-country no ano seguinte com Luciano Cunha pilotando. “O crescimento da categoria caminhões é inegável. Para nós, pilotos, isso é muito importante, porque deixa a competição ainda mais intensa e prazerosa”, disse Yahn.

Preparação – O Baja Balneário Camboriú é a última prova do Brasileiro antes do Rally dos Sertões, a maior prova no calendário nacional. As equipes irão enfrentar o dilema de ter que pontuar no campeonato e ao mesmo tempo testar as últimas mudanças antes do Sertões. “Nossa meta é chegar ao pódio e conseguir uma boa classificação, mas será uma corrida consciente para chegarmos até o final”, disse Ricardo Domingues

Na prova passada, o Terra Brasil, André Azevedo liderava e tomou uma penalização por cortar caminho, acusada pelo SPY, aparelho via satélite que permite traçar a rota de cada veículo com detalhes, entre outras informações.

Alfredo Yahn também recebeu uma punição, por não terminar a especial no tempo máximo. Após quebrar o eixo do cardan ele chegou atrasado no parque fechado. “A quebra aconteceu em uma peça que nunca havia tido uma falha, ou seja, não havia histórico de problemas nesta área, mas no rali as coisas são mesmo imprevisíveis. Agora vamos buscar o título em Camboriú”, explicou.

Carlos Salvini e Guido Salvini, pai e filho, ficaram com a vitória do Terra Brasil e da etapa anterior, o Baja Petróleo, e com isso ocupam a liderança do campeonato. “Estamos acostumados com as provas da Copa Baja e será uma excelente oportunidade para testar a nova caixa de transferência. Só esperamos que em virtude das chuvas que caem na região, o trecho não esteja liso demais, pois o caminhão é muito pesado e isso dificulta a nossa corrida”, disse o navegador.

O F4000 de Ricardo Domingues e Nilo de Paula não terminou o Terra Brasil, e a equipe afirma vir com um motor diferente, mais fraco, para Camboriú. “Haverá todos os tipos de trechos e se chover vai ser uma loteria para todo mundo, mas o caminhão não terá dificuldades nos trechos mais travados e estreitos e marcados por curvas”, disse Nilo de Paula, navegador do caminhão que leva uma certa vantagem nesse tipo de prova por ser menor e mais ágil.

Este texto foi escrito por: Redação Webventure