André Azevedo (foto: Cris Degani/ Divulgação)
Não só a organização perde, mas pilotos e equipes tomaram um prejuízo de milhões de dólares com o cancelamento do Rally Dakar. A direção de prova devolverá aos pilotos o valor da inscrição, que é apenas uma pequena parcela do quanto as equipes gastam em uma prova desse porte.
Todo mundo saiu perdendo. O investimento que fizemos é altíssimo. A organização falou que até o dia 28 de fevereiro irá devolver o valor da inscrição, mas são só 5% do nosso gasto, em preparação dos veículos, viagens, etc. Enfim, são situações de contingência para todo mundo e cada um vai tentar minimizar suas perdas, comentou o piloto brasileiro André Azevedo.
Apesar das perdas, o investimento não será totalmente perdido, já que poderá ser protelado por um ano, uma vez que os veículos que eles usam no Dakar não são usados em competições no Brasil. Carro, moto e caminhão estão prontos para o próximo ano. É um ano de orçamento congelado, explica.
Mais prejuízos – Empresas utilizam o Dakar para relacionamento com seus clientes. Tem uma empresa aqui com mais de 150 convidados que passariam dois dias no deserto. É prejuízo para todo mundo, disse André.
A partir de agora, a equipe brasileira precisa administrar e decidir o que fazer. Não temos hotel para ficar em Lisboa, nem passagem aérea para voltar para casa. Temos que remarcar tudo. Espero não ter que usar minha barraca para dormir aqui em Lisboa, aquela que eu ia usar no deserto (risos), comentou o piloto. No lado esportivo, o Brasil terá 15 dias sem a expectativa do time brasileiro de conquistar bons resultados.
Este texto foi escrito por: Thiago Padovanni