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Cancelamento do rapel dá vitória à By Supplex

Redação Webventure/ Corrida de aventura

30/04 - By Supplex  anunciada como vencedora da etapa  depois do cancelamento do rapel. (foto: Roger Grinblat)
30/04 – By Supplex anunciada como vencedora da etapa depois do cancelamento do rapel. (foto: Roger Grinblat)

Surpresas marcaram a divulgação oficial dos resultados da terceira e última etapa do Reebok Ecomotion Circuit, que aconteceu neste fim de semana no Parque Nacional do Itatiaia, com cobertura on line do Webventure.

Apesar da Coolmax (01) ter sido a primeira a chegar em Visconde de Mauá, a By Supplex, de Tomás Gridi Papp, Adriana Nascimento e Marcos Rabioglio, foi anunciada como a grande vencedora. Além dos supostos erros na localização do PC´s (Postos de Controle), reclamados pela maioria das equipes, o rapel no PC 14 foi o principal causador da reviravolta.

As equipes By Supplex (05), Guiça (02) e Brasil 500 anos (04) seguiram pela trilha plotada no mapa até o topo das Prateleiras, mas por falta segurança na ancoragem e da dificuldade técnica paras as equipes principiantes, a organização decidiu cancelar o rapel. Com isso, a Coolmax foi beneficiada por não ter realizado a caminhada para a técnica vertical e seguiu direto do PC 13 para o 16.

Na contagem total dos tempos, a organização achou por bem computar o tempo perdido das equipes até Prateleiras no tempo final da Coolmax, ficando assim 17 minutos atrás da By Supplex. “Confusões à parte, nossa equipe foi a única que chegou no PC 18 passando por todos os pc´s. Foi muito difícil a decisão da organização mas usaram um critério justo”, avaliou Tomás, capitão da nova campeã.

A Coolmax, de Rafael Reyes, Fabrizio Giovanelli e Marina Verdini, não esperava ser rebaixada para a segunda colocação. “Nós ficamos surpresos porque estávamos sabendo dos buchichos mas não fomos consultados, em nenhum momento. Mas acabou sendo justo. Embora não tenhamos ganho a etapa, levamos o circuito”, contou Rafael, que mesmo com a mudança levou o prêmio de três passagens aéreas para Nova Zelândia por ser a melhor equipe do circuito. A Guiça, de Luis Ishibe Makoto, conseguiu a terceira posição.

Conquista do cume – Foi a primeira vez que a By Supplex venceu uma corrida de aventura. Os três competidores, mais a experiente Sabrina Majella, já correram juntos em três provas, colhendo bons resultados. “É a primeira vitória minha, do Marcão e da Adriana. A equipe está muito legal. A Sabrina faz parte e iremos todos para a EMA, este é o planejamento. É muito descontraída a forma como corremos e todos têm uma parte técnica muito forte”, explicou Tomás.

Segundo ele, o segredo do bom entrosamento está na curtição. “No stress, a equipe corre se divertindo o tempo todo, rindo e cantando. Um ajuda o outro, um completa o outro. Todo mundo é bom em tudo, isso é muito importante. O ponto forte mesmo é a descontração”, finalizou.

Conffira o resultado final corrigido:

1) By Supplex 31h37min;
2) Coolmax 31h54min;
3) Guiça 32h42min.

Uma corrida de aventura é um rali humano. Uma prova de velocidade, muitas são non-stop, em que equipes, com três ou quatro integrantes, devem utilizar habilidades físicas para cumprir etapas de trekking, mountain bike, técnicas verticais (rapel, ascensão e tirolesa), cavalgada, nado, caiaque, canoagem, vela e rafting, além de terem conhecimentos em orientação.

É uma mistura de expedição e competição. Aos olhos dos competidores, é um teste de resistência física e psicológica. Aos olhos dos espectadores, é pura loucura.

O conceito foi criado pelo jornalista francês e amante da natureza, Gerárd Fusil. Em 1989, na Nova Zelândia, ele montou a precursora Raid Gauloises, dando início a um universo que hoje sustenta atletas profissionais e organizadores.

Já existe um Circuito Mundial de Corridas de Aventuras (AR World Series), formado por sete provas, todas classificatórias para Discovery Channel World Championship Adventure Race. Mas, na atualidade, a maior corrida do mundo é o Eco-Chellenge, do expedicionário Mark Burnett. A quinta edição (2000) aconteceu em Bornéo, na Indonésia.

Em razão do quinto centenário de descobrimento, o Brasil já foi sede de um corrida internacional. Em abril de 2000, Elf-Authentique Aventure, idealizada por Gerárd, cruzou os estados do Maranhão, Piauí e Ceará, em mais de 850 km de percurso. A prova passou por lugares exuberantes, como os Lençóis Maranhenses.

No rastro – O Brasil teve sua primeira corrida de aventura em 1998 com a Expedição Mata Atlântica, hoje pertence ao circuito mundial como a única etapa sul-americana. Nos últimos dois anos, quando fora formado o Circuito Brasileiro de Corridas de Aventura, houve um boom neste tipo de competição. Cada vez mais, adeptos competem em provas espalhadas por todo o país.

A EMA Expedição Mata Atlântica continua sendo a mais importante, com um percurso em torno de 450 km. Porém, há outras no rastro, como o PETAR (2000 e 2001), Raid Brotas Extreme, Litoral 2000, Reebok Ecomotion Circuit (Serra da Bocaina, Paraty e Itatiaia), Rio Eco 2000, que contou com a participação de equipes estrangeiras, Desafio Costa do Sol (Paraíba), entre outras.

Este texto foi escrito por: André Pascowitch

Last modified: maio 1, 2001

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