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Capitão da Central Sul fala do Mundial de Rafting no Equador


Russos no Mundial (foto: Divulgação)

Neste mês de outubro, o Brasil participou mais um ano do Campeonato Mundial de Rafting, que aconteceu no Equador, no rio Quijos. Duas equipes representaram o país, e pela primeira vez uma feminina, a Meninas do Rio, de Três Rios (RJ).

A equipe feminina não foi muito bem no Mundial, mas só a participação de Verônica Mendes, Margarete Feldkircher, Lucinéia Mariano, Rafaela Santos, Talita de Souza, Rosiane Fialho e Glória Nakamura já valeu a representação.

Com a equipe masculina a história foi diferente. Os bravos gaúchos de Três Coroas (RS), cidade referência na canoagem Slalom no Brasil, ficaram em segundo lugar no Mundial de Rafting na modalidade Slalom. É interessante lembrar que no Brasil a premiação é feita somente na geral, ou seja na somatória das provas de rafting Slalom, Sprint e Descenso. No Mundial, as equipes são campeãs de cada modalidade e premiadas em cada uma delas.

Leia abaixo a breve entrevista com Ênio Roberto Winkler, capitão da equipe brasileira masculina, a Central Sul, que foi vice-campeão em Slalom no Equador.

Webventure – Algum membro da equipe já esteve em prova no Exterior?
Ênio Roberto Winkler
– Sim, cinco integrantes, mas somente em provas de canoagem Slalom.

Webventure – Qual foi a primeira impressão de vocês ao chegarem no Equador?
Ênio
– Foi muito boa pois se mostraram organizados e receptivos.

Webventure – Descreva um pouco o Rio Quijos; tem semelhança com algum rio brasileiro?
Ênio
– Um rio classe 4 e 5 com bastante desnível, tendo entre os 17 km da prova de Descenso 205 metros de desnível, está situado entre belas montanhas e cânions a 1600 metros de altitude, temperatura da água entre 12 e 18 graus vegetação típica da floresta amazônica. Tem semelhança com o rio Itajaí-Açu, em Santa Catarina.

Webventure – O que vocês acharam dos adversários? As habilidades da sua equipe em águas brancas foram equivalentes às dos atletas estrangeiros?
Ênio
– As equipes se mostraram muito próximas pois a maioria dos atletas tem como base a canoagem. Mas quem realmente surpreendeu foram os russos. Quanto à habilidade, não encontramos dificuldade; as técnicas se equivalem.

Webventure – Qual era, na sua opinião, o principal adversário do Brasil?
Ênio
– Na verdade era a altitude. Mas tínhamos também como base de superação as equipes da Alemanha, Republica Tcheca e Eslovênia, que estão sempre entre os primeiros colocados.

Webventure – Competir no Mundial foi uma realização para vocês?
Ênio
– Sim, pois estamos desde 1998 tentando ir para o Mundial, mas como ele é realizado de 2 em 2 anos e em anos ímpares ficou difícil pois os títulos brasileiros conquistados por nós foram em 1998, 2002 e agora sim em 2005.

Webventure – Qual será o próximo desafio da equipe?
Ênio
– O próximo desafio é continuar treinando e conciliando o trabalho diário com o esporte o qual nos dedicamos única e exclusivamente por sermos apaixonados pelo rafting. Nós não dispomos de patrocínio ou mesmo apoio para podermos nos aperfeiçoar e treinar para participar da Copa do Mundo, que será na Europa no ano que vem, fazendo assim uma preparação para o próximo Mundial, que tem dois países concorrendo a vaga, a China e a Rússia.

Webventure – Qual foi o valor investido nesta viagem?
Ênio
– Foi entre 25 a 30 mil. E tivemos apoio Governo do Estado do Rio Grande do sul, Prefeitura Municipal de Três Coroas, Try On, Calçados Piccadilly, Calçados Beira rio, Calçados Q – Sonho, Calçados Miucha, Azaléia asics, hidro2 equipamentos, Calçados Cecconello, Serrano componentes para calçados, e Central Sul Rafting.

Este texto foi escrito por: Cristina Degani