Sou analista financeiro de uma multinacional das telecomunicações. Sempre fui fã dos esportes de aventura, mas nunca havia tido a oportunidade de praticar nenhum deles até este carnaval. Cansados do carnaval de Olinda e Recife, eu e mais sete amigos resolvemos mudar um pouco os planos para o carnaval e fomos para na Chapada Diamantina.
Nenhum dos componentes do grupo jamais havia praticado esportes de aventura, mas todos estávamos dispostos para o que viesse, e já no primeiro dia provamos nossa disposição. Após andarmos por mais de uma hora dentro da gruta Lapa Doce, e de subirmos o Morro do Pai Inácio, fomos parar no rio Mucugezinho, mais precisamente no Posso do Diabo.
Aventuras – Lá nos esperava uma tiroleza de aproximadamente 18 metros de altura e um rapel de 22m. Para um principiante no assunto, a visão lá do alto era um tanto quanto assustadora, mas ao mesmo tempo desafiadora. Após alguns instantes de dúvida, decidi encarar o desafio.
Primeiro veio a tiroleza. Foram apenas alguns instante de descida até que chegasse a água, mas foram momentos inesquecíveis (principalmente a saída da plataforma). Depois de uma “escalaminhada”, cheguei finalmente ao ponto de partida do rapel.
O rapel – Os breves minutos, enquanto colocava o equipamento, pareceram horas até que me colocasse à beira do precipício. Enquanto os meus pés ainda tocavam a rocha, sentia-me bem seguro, mas no momento em que a inclinação ficou negativa e tive que soltar meus pés… meu corpo pareceu entrar em êxtase.
Em alguns segundos o medo havia ido embora, e sensação de liberdade tomava conta de mim. A partir daí, foi só curtir o visual da descida e ainda arriscar, seguindo as orientações do instrutor, alguns metros de descida em maior velocidade. Foram mais quatro dias fantásticos na Chapada Diamantina que deixaram saudades assim, como também um gostinho de quero mais. Talvez seja cedo para dizer, mas acho que viciei nesse negócio.
Este texto foi escrito por: Fabio Gomes
Last modified: fevereiro 20, 2002