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Carro em chamas e outras historinhas do Rally


Zebra (dir) e Christian: carro pegou fogo. (foto: Luciana de Oliveira / www.webventure.com.br)

Direto de Carolina (MA) – Já se passou metade da prova e muita coisa aconteceu neste 11º Rally dos Sertões. Diversas histórias escapam dos olhos e dos ouvidos dos jornalistas. São episódios que acontecem no meio da trilha e que só os pilotos, navegadores e equipes de apoio ficam sabendo. Nós fomos atrás dessas curiosidades e trouxemos algumas historinhas. Tem carro em chamas, navegador atacado por mosquitos e pilotos que pararam para um rápido refresco durante a especial.

Fogo! – Na terceira etapa do Rally, entre Porangatu (GO) e Palmas (TO), o carro de Marcelo Ackel, o Zebra, e do navegador Christian Paze terminou em “perfeitas condições”, segundo o piloto, e passou pela revisão logo após o final da especial, onde a equipe de apoio o esperava. “Em seguida, no deslocamento até Palmas, começamos a sentir calor no carro e aí meu navegador soltou o cinto, olhou para trás e gritou: ‘o carro ta pegando fogo!’ “

“Freei, parei o carro e quando eu olhei para o lado, já não tinha mais navegador. Eu só vi a poeirinha e um cara correndo…”, narra Zebra. “Eu tive de sair do carro em chamas, com o extintor na mão, apaguei o fogo, e enquanto isso ele estava lá atrás da árvore!”

Paze dá a sua versão: “A especial foi perfeita e a gente passou pelo rio mais temido na prova, por causa da profundidade. O carro ficou com água até a metade do pára-brisa. Esse rio tinha pedras grandes e uma delas arrebentou o assoalho do nosso carro e conseqüentemente furou o tanque de combustível”, relembra o navegador. “Mesmo sentindo o cheiro do álcool, prosseguimos sem problemas até o fim da especial. Já no deslocamento final, o carro começou a falhar e o Zebra parou. Tentando fazer o carro pegar novamente, de repente, deu um clarão e eu percebi que o carro estava pegando fogo!”.

“Saimos do carro. Na verdade, eu é que peguei o extintor e apagamos o fogo. Infelizmente ficamos fora da prova”, finaliza Paze.

O carro, um protótipo apelidado de Zebreschler, está nas mãos dos mecânicos e Zebra espera que possa pelo menos participar da última especial. “Quero subir a rampa de chegada em São Luís, esse é o meu sonho”, lembra Zebra, que é um dos veteranos do Rally.

Atacado pelas moscas – Rinaldo Pirro e Deco Muniz, também de Carros, bateram numa árvore na primeira especial do quarto dia do Sertões. A pancada foi tão forte que o navegador Deco viu a roda voar… A dupla então parou e tirou no par ou ímpar quem iria chamar a equipe de apoio, pois um dos dois precisava ficar no veículo. Sobrou para Deco aguardar no carro.

Mas naquele dia de calor infernal ele se manteve dentro do macacão, com as mãos no bolso e com a balaclava inclusive cobrindo os olhos. É que um “enxame” de mosquitos o atacou. “Eram centenas de mosquitinhos minúsculos que entravam nos olhos, na boca e no nariz, um terror”, descreve. “Tentei andar e a nuvem de mosquitos me acompanhava… Aí resolvi ficar deitado, imóvel, todo coberto, igual uma múmia…até o Pirro chegar três horas e meia depois.”

Pausa para o refresco – Luís Carlos e Ederson de Oliveira, pilotos de quadriciclo, estavam na especial deste quinto dia, mais uma vez debaixo de um sol forte. Passaram por um tanque e um olhou pro outro… resolveram parar. E pediram à dona da casa para beber água. Quando viram aquele tanque cheio, mudaram de idéia e pediram para entrar nele. Foi isso mesmo que contaram à equipe: largaram por alguns instantes a especial e boiaram na água fresquinha…

Este texto foi escrito por: Luciana de Oliveira / Webventure