Carros viram “submarinos” no rali de Jaciara

Quinze jipes e trinta motos cruzando cerca de 80 quilômetros de atoleiros, riachos e ladeiras em pleno vale do Rio São Lourenço. Assim foi o rali de regularidade, no último dia 15, prova de abertura da 4ª Temporada de Esportes Radicais de Jaciara, apoiada pela Webventure.

Durante todo o dia o maior desafio de pilotos e navegadores era simplesmente seguir em frente na trilha determinada pela organização. Nem todos conseguiram. “Parecia que estava num submarino”, admitiu o piloto Diniz Junior, da equipe Credicap, logo após abandonar a prova. Seu carro, uma picape Hilux, não conseguiu vencer o mais difícil desafio do dia: vinte metros de travessia pelo Córrego Água Grande. “O carro não era apropriado para isto aqui. Entrou muita água no motor”, lamentou enquanto era rebocado por um trator.

Líder do campeonato estadual, e do rali até aquele momento, o navegador Eduardo André Marchesin ensinou os macetes para sobreviver na prova. “Tem que entrar na água com o carro muito bem vedado. E devagar”, disse. “É melhor perder alguns segundos aqui, do que ficar no meio do caminho”. Célio Caetano, um dos organizadores da prova, completa: “A prova era de regularidade, ou seja, não dependia apenas de velocidade, mas de perícia e senso de direção.”

Sem pressa – Ao fazer a inscrição, minutos antes da largada, é que os pilotos receberam uma planilha com as indicações da trilha. Ela foi dividida em vários trechos, cada qual com sua velocidade e tempo de percurso específicos, até a chegada. “Venceu quem conseguiu seguir ao máximo as indicações”, relatou Caetano. “Quem chegava antes, perdia ponto; depois, também. O objetivo era ser o mais fiel possível ao determinado para a trilha”.

A largada aconteceu às 12h30 na praça Tamoios, no centro de Jaciara, em prova prevista para durar em torno de 7 horas. Mas, devido à dificuldade do percurso, a prova só foi terminar por volta das 22h30. Veja abaixo quem se saiu melhor.

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