Coma faturou o Dakar pela segunda vez na América do Sul (foto: Marcelo Maragni)
A Espanha anda em estado de glória no esporte mundial, com a seleção de futebol campeã da Copa, com Rafael Nadal ocupando o número 1 do tênis, com Fernando Alonso sendo eterno candidato aos títulos na Fórmula 1… Porém nenhuma outra cidade anda mais inspirada do que Barcelona, do time dos craques Messi, Iniesta, Xavi…
Nesta relação de ilustres catalães está Marc Coma, que se tornou neste sábado tricampeão do Rally Dakar. O piloto, de 34 anos, ratificou a boa fase de seu povo e venceu com sobras a edição 2011 conquistou vitórias em cinco das 13 especiais, não dando chance a todos os outros concorrentes. Além disso, ele é o atual campeão do Rally dos Sertões, a segunda maior prova off-road do mundo.
A bordo de uma KTM 450 Rally Factory, Coma assumiu a ponta ao final do quarto dia, beneficiado por uma punição de dez minutos imposta a Cyril Despres. E não a perdeu mais. Hoje, ele cruzou a linha de chegada pela última vez no Dakar 2011, totalizando o tempo de 51h25min00, com 15min04 de vantagem para Despres, o único rival à altura.
Antes, Coma já havia faturado o Dakar outras duas vezes: em 2006, ainda em território africano, e em 2009, já na América do Sul. Em nenhuma das oportunidades, porém, havia vencido tantas especiais. Sua melhor marca antes deste ano havia sido em 2010, quando ganhara quatro dias, porém acabou apenas em 15º no geral.
Como tudo começou – Coma passou a chamar atenção sobre duas rodas aos 19 anos, quando faturou seu primeiro título, de campeão espanhol de Enduro Junior na categoria 175cc. Logo, as competições em seu país ficaram pequenas demais para o catalão, que partiu para seu primeiro Dakar em 2002.
Na oportunidade, com uma moto experimental chamada CSV, ele tentava mostrar seu talento diante de feras nas difíceis especiais do deserto africano. Coma fora apadrinhado por Carlos Soleto e não fizera feio era o sexto quando o rali saiu da Europa, com destino à África. Só não foi melhor porque sua moto quebrou em um dia em que ele andava entre os dez melhores.
Em 2003, a condição já era outra. O espanhol fazia parte da poderosa KTM, ao lado de pilotos como Nani Roma e Isidre Esteve. Fechou su participação em 18º, algo melhor do que ocorreria no ano seguinte, quando abandonou na 14ª etapa.
A partir de 2005, ele se tornou parte integrante da elite do Dakar com o vice-campeonato, mesmo tendo vencido apenas uma especial a regularidade era sua arma. Desta maneira, foi campeão em 2006. Voltou a levantar o troféu em 2009, já na América do Sul, com três vitórias. E agora figura na seleta lista de tricampeões do rali mais conhecido do mundo.
Este texto foi escrito por: Webventure