César Grosso venceu no masculino (foto: Theo Ribeiro)
Depois de sete vias escaladas nesse domingo, César Grosso foi o campeão do segundo SP Open de Boulder, no Parque da Juventude, zona norte de São Paulo. No feminino, Carla Reis foi a melhor. Na tarde de hoje os dez melhores homens e seis mulheres que se classificaram no festival de ontem disputaram pelo título nas paredes artificiais montadas no parque.
Os organizadores pensaram em um modelo diferente para essa edição do Open. Os competidores disputaram a semifinal em grupos, trios para os homens e duplas para as mulheres. Apenas os que completaram o maior número de vias, ou chegaram mais próximo do Top, foram para a final. O título foi decidido em mata-mata. Quatro foram para final e a medida que iam avançando os piores foram descartados. No final, com uma atuação impecável, César Grosso, o Césinha, foi o melhor. Esse formato é bem legal, deixa a competição mais tensa. Não sabemos como foi a atuação dos outros competidores, disse o campeão. Enquanto um escalador tenta subir a via, os outros ficam isolados, sem acesso ao boulder. O nível de dificuldade estava bom, na media, os route-setters acertaram nos dois dias, comentou.
Carla ficou surpresa com a vitória. Achei que ia ficar em terceiro ou até segundo. O primeiro lugar foi uma surpresa para mim, comemorou. Ela também afirmou que ficou tensa na final. Como não sabia como estava em relação às outras competidoras, ficava me baseando no público enquanto escalava. Quando eles comemoravam, eu já sabia que tinha passado para as próximas fases. Mas se demoravam para gritar, queria dizer que as outras foram melhores do que eu, explicou.
Retorno – O Open de Bouder também foi marcado pelo retorno de um velho conhecido da escalada esportiva paulista. Alexandre Paranhos, o Linha, ficou afastado desde 2004 e retornou somente para o Festival. Estou meio sem treino, nos últimos tempos trabalhei demais, mas mesmo assim acho que dei trabalho, comentou. Ontem ele passou para a semifinal em terceiro lugar e hoje conseguiu a quarta colocação. Quando parei de competir havia um grupo menor que vencia os campeonatos. Agora já está mais uniforme, tem mais gente com nível bom e chances de vencer, como o Felipe [Camargo] e os irmãos Veloso, avaliou linha.
Para encerrar o evento foi realizado um torneio de Bote, no qual os competidores tinham que saltar e dominar uma agarra, cada vez mais longe. Thais Shiaraiwa foi a melhor no feminino com a marca de 1,80. No Masculino, Carlos Eduardo Levy e Allecio Terron empataram em 2,40 metros. A próxima marca seria o recorde brasileiro (2,50 m), mas nenhum dos dois conseguiu dominar a agarra.
Este texto foi escrito por: Daniel Costa