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Chevrolet faz os primeiros tempos na primeira especial do dia

Direto de Balneário Camboriú (SC) – Depois de oito meses afastado, sem competir por motivos pessoais, Édio Füchter voltou a vencer uma especial, segundo os resultados parciais. Ele foi o mais rápido da primeira especial de hoje (19) no Baja Balneário Camboriú, ao lado do navegador estreante no Cross-country João Gomes. “Foi muito bom, fazia tempo que não sentia essa sensação de vencer uma especial, desde o Sertões do ano passado”, comemorou o piloto. Segundo a organização, porém, Marlon Koerich foi o vencedor.

A prova terá mais duas especiais pelo mesmo percurso, de 73 quilômetros, com passagem por Brusque, sede da Fenajeep, o maior encontro de jipeiros do país. As dificuldades das trilhas da região atraem anualmente os amantes da lama, e agora é a vez do Cross-country se aventurar no local.

Os primeiros quilômetros foram de muita lama e piso liso. “Parece com Jipe Raid”, disse Marlon Koerich. “Os outros trechos eram de uma areia molhada, com poucas partes abertas, usei muito a segunda marcha”, disse Guilherme Spinelli. “Mas andamos muito mal, erramos logo na primeira bifurcação”, lamentou.

Segurança – Na primeira passagem, a apreensão das equipes quanto a segurança foi amenizada. “Os trechos críticos foram fechados com radar [Zona de Velocidade Controlada], isso resolve um pouco a questão de segurança”, disse Spinelli.

Mesmo com a segurança externa garantida, os perigos da trilha continuaram para as equipes. “Errei uma entrada e caí em um buraco coberto por capim. Era um terreno alagado, até deu para ver que era um buraco, mas na correria não deu para desviar, o carro derrapou e caiu”, disse Klever Kolberg ao chegar no parque de apoio, todo sujo de lama. “Fomos catar coquinho”, brincou o navegador Luis Carlos Palú. Eles demoraram 40 minutos para tirar, sozinhos, o carro do buraco e forfetaram, mas largaram para a segunda especial normalmente.

Nos caminhões, André Azevedo foi o mais rápido, “no estilo caranguejo”, brincou. “Só de lado! O problema é que não dá para ter muita noção do tamanho do caminhão na trilha, e fico com medo de bater em algum barranco por aí”, disse.

Quem “nasceu” no Cross-Country, afirma que a prova estava boa para os que correm no rali de velocidade. “É especial para quem pilota em velocidade, com curvas que jogam o carro para o lado e ele escorrega, mas eu fiquei com um pouco de receio”, disse Oberdan Reis. “O começo foi de lama, mas depois pareceu muito com provas de velocidade mesmo”, disse Marlon Koerich, que chegou recentemente ao Cross-country.

Já Ulysses Bertholdo, campeão sul-americano de rali de velocidade, não concordou. “Pelo contrário, é prova para quem gosta de lama mesmo. No rali de velocidade não tem isso. Teve apenas um trecho de uns cinco quilômetros que repetiu um pouco do percurso da prova de velocidade do Campeonato Brasileiro passado”, disse. “Quando eu reconheci, falei pro navegador ficar tranqüilo que aquela parte eu tinha gravada na cabeça”, contou. “Chegamos a 147 quilômetros por hora”, disse o navegador Rafael Capoani.

José Agostinelli e Daniel Garci, estreantes na categoria e vindos do rali de regularidade não sentiram muita diferença. “Parece um raid, tem muita lama, está muito pesado”, disse o piloto.

As equipes largaram por volta das 10h30 para mais duas especiais no mesmo percurso. A chegada está marcada para as 16h.

Este texto foi escrito por: Daniel Costa