Pôr-do-sol no Jalapão (foto: Divulgação)
Direto de Balsas (MA) – Santa Agripina, São Walter, São Jacob e São Felício são os padroeiros desta segunda feira dia 23. Dia, aliás, do nascimento, em 1846, de George Sax, exatamente ele o inventor do saxofone. Dia, portanto, musical de alto sentimento e introspecção. Enquanto isso nos espaços abertos e expansivos do Rally dos Sertões, o Chevrolet Power Team voltou a viver dois momentos extremos. A S10 da dupla Praiana Marlon Koerich/Bruno Mega (#323) largou em 40º lugar, ultrapassou trinta carros e terminou o dia em3o lugar na categoria e 8º lugar depois de rebocar seus companheiros de S10 Carlo de Gavardo/Sidinei Broering (#329) nos últimos 10 Km da especial.
O motivo foi a falha de uma peça (tampa do filtro de combustível) que custa centavos e que custou a vitória à dupla Serrana na mais longa etapa do rally para eles que vinham à frente. Mesmo assim o #329 manteve a 6ª colocação geral (4ª na categoria) e o #323 subiu para 5º na categoria Super Production e 7º na geral. O S10 Off Runner (#318) com o piloto Ulysses Bertholdo, fez apenas uma parte da especial de hoje e passou o resto da tarde testando as modificações feitas para partir para o ataque nas 4 etapas finais que levam até Natal.
O mito do Jalapão persiste
O deserto do Jalapão que se estende também ao sul do Maranhão tem, alem da sua estonteante beleza natural, a fama de ser extremamente duro com os participantes do Rally dos Sertões. Não foi diferente desta vez com o infortúnio da dupla Serrana e com a eliminação pela luta direta à vitória entre os carros brasileiros tanto do protótipo Sherpa (problema de refrigeração) como de duas Mitsubishi L200 (um capotamento e um motor fundido). A diferença entre os candidatos à vitória começa a aumentar e as definições começam a acontecer, mas nesta 3ª feira mais uma etapa maratona (daquele tipo que todos já sabem como é, com assistência aos carros proibida de ser feita pelas equipes e restrita a Pilotos e Navegadores com as peças que estejam levando nos carros) pode reservar reviravoltas. Afinal de contas serão 1100km a serem rodados em condições extremas, até que mecânicos e engenheiros das Equipes possam novamente colocar as mãos em seus carros.
Este texto foi escrito por: Carlos Lua Mauro