Ambientalistas do Chile pediram ao governo que peça à Unesco para que a parte da Patagônia chilena seja declarada Patrimônio da Humanidade, para proteger essa região da instalação de indústrias poluentes.
Localizada ao extremo sul do país, com cerca de 87 mil habitantes, a Patagônia chilena abriga um rico ecossistema e importantes reservas de água, e tais características a converteram em um dos lugares menos poluídos do planeta. Os ambientalistas acreditam que isso poderia mudar radicalmente se for instalada na região a empresa redutora de alumínio Alumysa. Eles estimam que a atividade da empresa possa destruir lagos, 10,2 mil hectares de floresta e animais e plantas, em muitos casos espécies em perigo de extinção.
A Alumysa planeja construir a fábrica a quatro quilômetros do Porto de Chacabuco, na região austral do pais, e também instalar três centrais hidrelétricas, uma ponte, um porto, 85 quilômetros de linhas de transmissão elétrica e 95 quilômetros de estradas. O investimento total previsto pela companhia é de US$ 2,75 bilhões.
Origem – A Alumysa é propriedade da empresa canadense Noranda, e nos Estados Unidos teve de pagar cerca de US$ 2 milhões de indenização por danos à saúde humana e ao meio ambiente.
O estudo de impacto ambiental apresentado pela Alumysa foi rejeitado pelo governo, e a empresa elabora novo relatório que deve ser apresentado nos próximos meses. Os representantes de filiais em 68 países da organização não-governamental Amigos da Terra declararam seu apoio incondicional às instituições da sociedade civil que defendem a região e se opõem ao projeto Alumysa por considerá-lo insustentável.
Este texto foi escrito por: Webventure
Last modified: março 7, 2003