Foto: Pixabay

Clima de descontração na equipe Hollywood Troller

Redação Webventure/ Offroad

09.01.00 O clima era de total descontração na noite de ontem, entre os integrantes da equipe Hollywood Troller, que concluíram com os quatro carros Troller T5, mais uma etapa do Paris Dakar Cairo, maior, mais difícil e técnico rali do mundo. A dupla Cacá Clauset/Amyr Klink era a mais radiante. Afinal, depois de dois dias enfrentando vários problemas, puderam comemorar o cumprimento da 3ª etapa, entre Kayes (Mali) a Bamako (Mali), total de 707 km, na qual largaram na 122ª posição e concluíram na 54ª.

Amyr Klink – “Parece que estamos nos afiando e os carros estão redondos. Existe um período de adaptação, os mecânicas estavam sobrecarregados e essa prova é 100% cabeça, sem ousadias. O Cacá está andando muito bem, estamos cada vez mais entrosados. Quanto a navegação, até agora usamos pouco o GPS, só quando erramos. O papel do navegador nessa fase é simples, mais de atenção, avisando o piloto dos buracos no percurso. Claro que a importância do navegador é maior, quando o piloto está na ponta. Até aqui, estamos andando mais na planilha”, relatou Amyr Klink, em contato na noite de ontem (08.01), falando pelo telefone celular glogal Iridium, ao lado do time, às 23h30 locais, 21h30 no Brasil.

Cacá Clauset “Esse é o primeiro dia que terminamos sem problemas, tivemos um bom desempenho, ultrapasamos 68 carros. É gratificante. Andamos devagar e com consistência, aceleremos quando dava e só efetuamos ultrapassagens sem risco. Os pneus foram determinantes nessa etapa. Quebramos a roda numa pedra e o pneu não furou. Andei 500 km nessas condições, até chegar ao acampamento. Fiquei muito impressionado com o desempenho do RA2 BF Goodrich, em terreno pedregoso”.

Alberto Fadigatti parceiro de Reinaldo Varella também contou alguns momentos do percurso. “As bruxas estavam soltas hoje. Aconteceu de tudo e todos os problemas na especial. O engraçado foi quando o radiador furou. Comprei um ovo de um nativo para tapar o buraco e andamos 410 com o ovo, que só furou a 60 km de chegarmos ao acampamento. Nesse trecho, tivemos de ir completando com água. Agora, um prazer especial foi ultrapassar o Jack Ickx no km 31 !!!. Mas o importante é que concluímos mais uma etapa. Quando chego ao acampamento, quero mesmo é dormir, mas o stress é grande e temos de estar atentos a tudo. Quanto a estrutura aqui, é tipo militar. Jantamos num barracão, tem uma fila, com mesas com pés de pau, como no exército”, contou Fadigatti, 55 anos, 30 anos de experiência em rali.

Colaborou Simone Palladino

Este texto foi escrito por: Meg Cotrim

Last modified: janeiro 9, 2000

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