
Largada aconteceu nesta quarta-feira (foto: Pedro Campos/Agecom.Bahia)
Direto de Salvador – A manhã desta quarta-feira foi bastante agitada para os 160 velejadores da regata de volta ao mundo Clipper Round the World que se preparavam para largar de Salvador, na Bahia, rumo a Durban, na África do Sul. Um novo estoque de comida, reparos nas velas, tripulantes prontos e eles partiram às 12h com ventos de 20 nós para mais esta jornada de aproximadamente oito mil quilômetros.
A regata tem no total dez barcos e 160 velejadores, sendo que 90% são leigos e apenas os comandantes profissionais. As tripulações passam por um treinamento de quatro semanas para que estejam aptos para esta viagem, que tem duração total de aproximadamente dez meses.
A partir de então, eles escolhem quais e quantas pernas irão competir. Os tripulantes que já haviam participado da primeira perna, que largou de Liverpool, na Inglaterra, já tinham diversas aventuras para contar. Esta perna foi todas as coisas: fantástica, excitante, assustadora e até chata em alguns momentos, mas mais do que tudo, foi uma experiência e eu acho que isso é o mais importante da regata, disse o inglês Chris Parkinson, de 26 anos, diretor de marketing e tripulante do barco Jamaica.
Dentre suas principais aventuras, o destaque vai para a queda que teve durante uma tempestade em alto mar. O barco se chocou com uma onda e Chris chegou a voar. Na volta ao barco caiu em cima de seu braço e o deslocou. Apesar de seu otimismo, ele não pôde largar devido a muitas dores e recomendação dos médicos. O aventureiro embarcou hoje mesmo para tratar o ombro em casa, no entanto garantiu que estará à espera de seus companheiros em Durban, de onde segue para o restante da volta ao mundo.
Já Henrietta Southby, de 18 anos, acabou de terminar o colegial na Inglaterra e considerou a prova a melhor maneira de aproveitar este tempo de descanso. Sua jornada começou em Salvador: Estou muito nervosa, mas muito mais ansiosa, confessou. Ela é tripulante do barco New York, que teve problemas para a largada desta segunda perna.
Após terem trocado de comandante por problemas de relacionamento, a tripulação ainda fazia reparos na vela balão poucos minutos antes da saída. Apesar da correria, eles conseguiram se aprontar a tempo.
Posições – Os dez barcos participantes se afastaram da costa brasileira rapidamente. No momento que passaram pelo Farol da Barra, o barco de Singapura Uniquely Singapore era o primeiro, seguido do australiano westernaustralia2011.com e o Novo Scotia.
Este texto foi escrito por: Roberta Spiandorim
Last modified: outubro 24, 2007