Nos alguns esportes em que já participei durante a minha vida, sempre tive oportunidades de conhecer alguns campeões. Tentando traçar um perfil exato de como é um campeão, não cheguei a conclusão alguma. Mas uma certeza eu tenho: o verdadeiro campeão é aquele que com muita
persistência chegou ao topo. Charles Chaplim já dizia: “a chave do sucesso é a persistência”.
E o que é preciso para se chegar ao topo? O que leva uma pessoa a querer ser a primeira naquilo que faz? O que faz esta ambição pessoal: o status, o desafio de atingir a máxima performance, o limite a ser quebrado, ou a simples sensação de chegar na frente de todos, para ser o primeiro na massagem?
Questiono pessoas sobre isto, nem sempre elas sabem a resposta! Para mim, chegar na frente significa atingir o máximo do que posso, errar o mínimo possível! Sou muito exigente com meus atos, e às vezes me cobro para ter uma disciplina mais rígida. Mas nem sempre conseguimos atingir nosso limite e obter sucesso nas performances… e é para isto que existe a persistência!
Sacrifícios – Algumas situações para se tornar um campeão são inevitáveis, tais como aquelas manhãs frias e chuvosas em que, ao invés de dormir, como 95% da população, um treino de bike parece ser mais importante; ou aquele docinho que a vovô fez para o aniversário e, você mesmo morrendo de vontade de comer, diz “NÃO” para ele! Coisas das quais abdicamos ou que colocamos como prioridade em nossos objetivos fazem, sim, a diferença.
Lembro de uma vez, treinando para o meu primeiro Iron Man (Brasil – Angra dos Reis – Rio). Um dia resolvi treinar forte. Acordei, corri 10 km e em seguida saí para pedalar até um vilarejo próximo à cidade onde meus pais moram (25 km de distância). Voltei, corri mais 10 km, tentando melhorar o tempo. Comi algo e fui nadar (4 km). E, para terminar o dia, corri mais 10 km. Resumindo, aquilo era prioridade para mim. Sabia que para ser um campeão teria de treinar, e durante o dia colocava isso acima de tudo.
O resultado foi um quinto lugar, no meu primeiro Iron Man Brasil, em 1992. Naquele dia me senti um campeão. O campeão nem sempre é aquele que chega em primeiro. Se sua meta não é chegar em primeiro, como você pode esperar isto? Considero um campeão todo aquele que traça metas realistas e consegue cumpri-las!
Tente sempre almejar algo um pouco mais difícil para chegar ao seu limite! Desculpas para deixar de fazer algo de que não estamos muito a fim são infinitas, mas quando realmente colocamos como prioridade alguma coisa que nos fará bem é difícil deixar de fazer. Para finalizar: seja um campeão no seu dia a dia, planejando e conquistando seus pequenos objetivos para chegar aos maiores.
Este texto foi escrito por: Sérgio Zolino