Coluna André Azevedo: As diferenças do caminhão de rali para o caminhão de rua - Webventure

Foto: Pixabay

Coluna André Azevedo: As diferenças do caminhão de rali para o caminhão de rua

Redação Webventure/ Offroad

Caminhão de competição é parecido com o original (foto: Theo Ribeiro/ www.webventure.com.br)
Caminhão de competição é parecido com o original (foto: Theo Ribeiro/ www.webventure.com.br)

Participo de ralis com um caminhão Mercedes-Benz, modelo Atego 1725 4X4, e para surpresa de muita gente, as diferenças dele para o original que vemos nas ruas e estradas são realmente mínimas. Durante uma competição off-road, percorremos o que chamamos de especiais, ou seja, são os trechos cronometrados. Quando terminamos essa parte em alta velocidade é comum termos que percorrer deslocamentos em asfalto. Até por isso que todos os veículos têm inclusive placas, ao contrário dos caminhões de corrida da Fórmula Truck, por exemplo. Em nossa modalidade (rali) temos que estar dentro da lei para trafegar em vias públicas e isto é vistoriado no início da prova.

Mas para se competir em um rali é preciso algumas modificações necessárias preservando a segurança de seus participantes. A primeira delas é a inserção do SantoAntônio na cabine, espécie de reforço na estrutura interna. O banco em formato de concha também é outro item obrigatório, adaptando o competidor corretamente ao veículo, além de cintos especiais, em geral, de cinco pontas, e instalação de extintores de incêndio com maior capacidade.

A suspensão do Atego também é modificada, sendo mista. Com isso, ela possui um sistema a ar e outro original de mola e amortecedores. E nas rodas dianteiras temos dois amortecedores por roda. Dessa maneira, o piloto garante mais sensibilidade enquanto dirige, facilitando a ultrapassagem de obstáculos.

Potência do motor – Outra modificação importante é um pequeno aumento da potência do motor (de 270 para 400 cavalos, aproximadamente) e do tanque, que é aumentado para garantir mais autonomia nas etapas cerca de 500 litros. A potência do motor é atingida só realizando uma nova regulagem eletrônica do equipamento, sem trocar nenhuma peça original.

Mas reparem que as mudanças realizadas no veículo não alteram a resistência do equipamento, fator muito importante para nós dentro de um rali de longa duração. O que “mexemos” é apenas num ganho de performance do equipamento, sem maiores transformações. Com estas modificações deixamos o Mercedes-Bens Atego leve e bem rápido, e assim consigo chegar a velocidades superiores a 160 km/h, como foi no Rally dos Sertões 2008.

Este texto foi escrito por: André Azevedo

Last modified: novembro 6, 2008

[fbcomments]
Redação Webventure
Redação Webventure