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Coluna do Deco: Algumas razões para a volta do Rally Dakar em 2010

Redação Webventure/ Offroad

Torcida acompanhou cada trecho (foto: Tom Papp/ www.webventure.com.br)
Torcida acompanhou cada trecho (foto: Tom Papp/ www.webventure.com.br)

Conforme divulgado na última terça-feira (24), a próxima edição do Rally Dakar está confirmada para a América do Sul. A edição deste ano foi a primeira fora da África em 30 anos, motivada por ameaças do terrorismo e as guerrilhas que rondam aquele continente.

A vinda da prova para terras sul-americanas foi cercada de incertezas, principalmente quanto à manutenção das dificuldades técnicas do percurso, uma marca registrada da prova ao longo da história da competição. Porém o que se viu, foi uma das provas mais difíceis de todos os tempos, com um índice de desistência dos participantes inscritos na casa dos 50%.

Mas o grande diferencial do evento foi o público presente em todos os momentos da competição. Acredito que essa grata surpresa tenha sido o fiel da balança na hora de decidir a sede da 32ª edição do maior rali do mundo.

Um evento deste porte traz benefícios aos países envolvidos no roteiro da prova que (infelizmente) pouca gente observa, principalmente aqui no Brasil. Segundo o governo portenho, o Dakar foi a ação mais importante na promoção argentina da história, a corrida permitiu a divulgação do país no mundo.

A divulgação do rali esteve no topo das principais mídias do mundo. A corrida foi transmitida em 189 países, 300 meios de comunicação e 80 estações de televisão. Foram credenciados 125 jornalistas, 38 fotógrafos e 10 fotos-agência. Mais de 600 milhões de telespectadores assistiram a prova.

O impacto econômico na Argentina foi avaliado em 30 milhões de dólares, com mais de 3.000.000 milhões de pessoas aderindo à manifestação.

Presença do público Segundo dados fornecidos pelo governo argentino, o número de espectadores em cada uma das cidades que receberam a caravana impressiona: Buenos Aires – largada (500.000) / Santa Rosa (110.000) / Puerto Madryn (60.000) / Jacobacci (5.000) / Neuquén (100.000) / San Rafael (70.000) / Mendoza (720.000) / La Rioja (100.000) / Catamarca (80.000) / Córdoba (800.000) / Buenos Aires chegada (500.000).

Ainda segundo o governo, as vantagens econômicas ao país foram muitas. Nas províncias e nos municípios que passaram a Dakar, a ocupação na rede hoteleira foi de 100% em média. Sem dúvida, o Dakar é um acontecimento único para qualquer país. Durante 20 dias, o mundo colocou o olho na Argentina e no Chile.

Fica a lição ao automobilismo e aos meios de comunicação brasileiros. Mas ainda tenho fé que, um dia, governantes, federações, autoridades do esporte e principalmente a mídia (os canais de TV aberta), vão conseguir enxergar nosso esporte como ferramenta de marketing, promoção e exposição de marcas e empresas patrocinadoras e também como de um evento de grande atrativo popular que, felizmente, é o que acontece em qualquer outro lugar do mundo.

Um dia a gente chega lá!

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Este texto foi escrito por: Deco Muniz

Last modified: fevereiro 27, 2009

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