Copa Peugeot é a competição predileta de Tucano (foto: Arquivo Pessoal/ Raphael Tucano)
Pois é pessoal, desde dezembro não consegui parar dez minutos para montar um texto. Dá até para chamar de falta de vergonha na cara! Já estava me fazendo falta e hoje vou tirar o atraso.
Desde o fim do ano passado, passei por varias competições e provas, como Mit Cup, Copa Peugeot (sonho realizado e já conto o porque), Brasileiro e Paulista de cross-country.
Mas o destaque este ano não foram apenas as competições, mas sim a loucura, como alguns dizem, sobre minha nova aptidão: navegar para pilotos que nunca sentaram em um carro de rali. O desafio é, no mínimo, interessante, pois como você irá cantar uma esquerda 3+ pra um piloto que nunca fez uma curva em alta velocidade na terra? Explico com fatos.
Comecei com o Jayme, piloto das antigas de Stock Car e Formula Ford que comprou uma L200RS pra correr a Mit Cup. Antes da primeira corrida, andamos uma vez na fazenda do amigo Renato Khan para ele conhecer o carro. Ficou surpreso com a potência e a forma de pilotagem. Como já foi piloto de pista, sentiu a grande diferença de pilotar na terra, principalmente nas escorregadas das curvas. O problema foi a urucubaca de que todo piloto da Stock capota na Mit Cup. Fato concretizado na etapa de Londrina.
Copa Peugeot – O segundo desafio foi o Basa, que comprou o 206 do amigo Emerson Destro e fez um treino no mesmo dia que o Jayme e na mesma pista. O conheci na sexta-feira e já fomos correr no sábado. Não poderia ter acontecido sintonia melhor. Realmente, o santo bateu e terminamos a prova do sábado. No domingo, nos sentimos muito confiantes no levantamento e na evolução da pilotagem do Basa. Em uma reta, no entanto, o 206 quicou de traseira e arrancamos oito mourões de uma cerca. Fim de prova e lição aprendida. Já a etapa de São José dos Campos foi ótima e o aprendizado melhorando cada vez mais. Inclusive como domar um 206 a 150km/h em uma reta.
O último, até então, foi o Arnaldo, que alugou um Sherpa da MEM e fomos correr o Sertões Series em Avaré. Prova espetacular, planilha show e pilotagem exatamente de acordo com as tulipas (uma mão na planilha e outra no freio de mão, como sempre). Conseguimos terminar a prova e mais um cliente satisfeito. Agradecimentos especiais ao Arnaldo, Rodrigo Mello, Rodrigo e Michel Terpins, Clebinho Cincea, Beco Andreotti e Marcos Baumgart pela indicação e pela amizade durante a prova e aos rapazes da MEM que já eram amigos antes da prova. (Valeu Bentão pelo peixe e pelo churrasco!)
Com todos os pilotos novatos, minha tática é a mesma: completar a prova. Nada mais prazeroso que ver o sorriso e o suor nos rostos deles. Para mim, sensação de prova completada e missão cumprida. Não fico preocupado em bater o carro ou algo assim, mas penso muito na alegria que estes pilotos sentiram ao chegar às suas casas e contarem como foi participar e terminar um rali. Posso estar sendo um pouco exagerado, mas me sinto um incentivador do esporte trazendo novos pilotos para as competições.
Sobre a Copa Peugeot: quem conhece o formato, as pessoas, a organização e a amizade que existe dentro da competição, concordará comigo em dizer que é a melhor competição off-road do país. Não que as outras sejam ruins, muito ao contrário. O nível das provas do país tem subido muito, principalmente nas monomarcas. Sertões dispensa comentários.
Hoje, a meta é completar todas as etapas da Copa Peugeot, Mit Cup e Sertões.
Até mais!
Este texto foi escrito por: Raphael Tucano
Last modified: junho 11, 2010