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Com circuito menor a etapa final favoreceu quem pedalava mais forte

Redação Webventure/ Biking

Equipe termina a prova de joelhos (foto: Pedro Sibahi)
Equipe termina a prova de joelhos (foto: Pedro Sibahi)

O calor intenso dos últimos dias reacendeu a chance de focos de incêndio na região de Mucugê. Por isso, a sétima etapa do Brasil Ride teve o circuito alterado para evitar esses pontos. A prova teve apenas 49 quilômetros, um pouco menos da metade do que estava programado. Além disso, os 13 quilômetros finais foram os mesmos usados no prólogo.

Muitos atletas ficaram felizes pela prova ser mais curta, já que o cansaço acumulado de uma semana se fazia sentir. Contudo, depois que começou o desafio final, a maioria percebeu que o ritmo seria alto do início ao fim, exigindo o máximo dos bikers.

Veja ao lado algumas imagens do sétimo dia de provas.

Para o baiano Anilton Rocha, “a última etapa foi a mais complicada, porque a prova foi muito rápida, eu perdia vários vácuos, e meu parceiro me deixou. Eu não tinha tempo nem para respirar, mal bebia água. Na prova longa você anda, depois descansa, mas na prova rápida está todo mundo correndo o tempo todo”.

Já a paulista Claudia Tollendal, achou que “estava todo mundo meio cansado, foi uma etapa veloz, forte, e teve o cross-country do prólogo, mas foi muito legal”.

Alguns atletas, no entanto, acharam que a velocidade só aumentou a emoção. “Foi simplesmente sensacional. Como o meu parceiro Marcelo Sampaio falou, é a cereja do bolo. Uma etapa extremamente de mountain bike, com trilha técnica, só que com uma velocidade incrível. Teve horas em que a gente estava a 35 quilômetros por hora dentro de um single track, pedalando com a mão fechada no guidão. Fantástica a etapa, serviu para fechar com chave de ouro essa semana maravilhosa que é a Brasil Ride”, contou Gustavo Astoplhi, de um fôlego só.

O paulista Magnus Dias disse que, ”apesar de ter diminuído a distância, o pessoal fez muita força, quis dar o último sangue, foi bem bonito, bem veloz. Agora é só comemorar. Fui bem, sem queda, sem machucar, com um parceiro muito bacana que é o Rodrigo Santos. É isso que importa, as amizades que a gente construiu”.

Outro que destacou a parceria como essência do evento foi o professor Arnaldo Farias. “A coisa mais linda que eu vi, mas que nem todo mundo entendeu, foi o espírito de companheirismo. É estar ali, lado a lado, não importa se você vai perder o pódio ou não, o que importa é dar suporte para o seu companheiro, ele precisa se sentir protegido”, contou emocionado. “Eu já fiz 260 provas de 2004 pra cá, e nada pode se comparar ao Brasil Ride, porque depois daqui, tudo fica parecendo fácil”, completou.

Questionado se sentia satisfação com o fim do evento, o organizador Mario Roma foi simplório: “a resposta está na boca das pessoas”. Ele se mostrou feliz por não ter acontecido nenhum acidente grave ao longo da semana, e contou que em 2012 a competição deve ser adiantada por conta das eleições. “Viremos com mais surpresas, novos percursos, e quem sabe até novos locais”, disse em tom de mistério.

Este texto foi escrito por: Pedro Sibahi, direto de Mucugê (BA)

Last modified: outubro 29, 2011

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