Foto: Pixabay

Com Hurbert Auriol no dia D do Paris-Dakar-Cairo

Redação Webventure/ Offroad

Saímos do acampamento as seis horas da manhã e fomos para a largada. Já na largada o diretor da prova, Hurbert Auriol recebeu uma ligação dos Estados Unidos dizendo que sofreríamos um atentado a bomba. Sua reação imediata foi cancelar todo o evento para não expor nenhum participante a algum perigo.

Em seguida saímos para no helicóptero para realizar a vistoria dos Postos de Controle da etapa de hoje. Passamos pelo PC 1 do rali e em seguida nos dirigimos ao PC 2 onde tuaregs típicos do deserto, com seus camelos e dançarinas, esperavam a passagem do rali. O PC2 era um ponto de abastecimento com um box separado para os pilotos de motos. Uma imagem surreal em meio a um oasis.

Com os problemas que começaram a surgir preferi ficar no PC2 para poder fotografar nossa equipe pela ultima vez dentro da prova. Neste momento, após ouvir as conversar de Auriol no helicóptero, eu acreditava que o Rally iria parar nos dias seguintes, era esta a informação que eu tinha ate o momento.

Estive durante o dia todo com o pessoal da organização e pude observar o poder que a direção da prova tem em decidir realizar um mudança radical no rali em poucas horas. Não demorou muito e ficamos todos sabendo que a comissão técnica decidiu continuar a prova a partir da Líbia. Uma mudança nada convencional, envolvendo uma parafernália inimaginável necessária para a transferência de homens, carros, motos e caminhões tudo isto por avião com um custo astronômico.

A oportunidade que tive hoje de viajar junto com a organização do Dakar foi de grande valia pois estreitamos os laços. Até ontem éramos ilustres desconhecidos e agora somos “le Bresilien’s” pois os Trollers estão todos na prova fato inédito em equipe estreantes no Dakar.

Após quatro horas no PC 2 um helicóptero medico veio me buscar para me levar ao acampamento.

Este texto foi escrito por: Simone Palladino

Last modified: janeiro 11, 2000

[fbcomments]
Redação Webventure
Redação Webventure