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Com medalhista olímpica, classe 470 estreia em Paris 2024

The Hague, The Netherlands is hosting the 2023 Allianz Sailing World Championships from 11th to 20th August 2023. More than 1200 sailors from 80 nations are racing across ten Olympic sailing disciplines. Paris 2024 Olympic Sailing Competition places will be awarded as well as 10 World Championship medals Credit: Sailing Energy / World Sailing. 11 August 2023.

As regatas olímpicas desta sexta-feira (2) marcaram a estreia da classe 470 de Paris 2024. Agora tripulado por um homem e uma mulher, a categoria é a mais antiga do calendário dos Jogos.

A 470 já rendeu medalhas ao Brasil, com o ouro de Marco Soares e Edu Penido em Moscou 1980, e o bronze de Fernanda Oliveira e Isabel Swan em Pequim 2008.

Atleta de Niterói (RJ), Isabel Swan está de volta e agora ao lado de Henrique Haddad na 470, que pela primeira vez passa a ser mista. Gigante, como é conhecido, o atleta foi campeão mundial de Snipe e dos Jogos Mundiais Militares, além de correr as últimas olimpíadas na mesma categoria.

”Tenho muito orgulho de ter sido a primeira mulher medalhista nesse esporte que tanto amo e de ver mulheres incríveis como Martine Grael e Kahena Kunze como as atuais bicampeãs olímpicas. Além disso, temos os queridos Robert Scheidt e Torben Grael, os maiores medalhistas brasileiros de todos os tempos”, contou Isabel Swan.

Foram disputadas duas regatas na raia Marselha de 470 misto e a dupla ficou em 12º nas duas, fechando na 15ª colocação. Ainda não entrou o descarte do pior resultado.

A liderança na classe 470 mista é dos japoneses Keiju Okada e Miho Yoshioka com 3 pontos perdidos. Na sequência aparecem os espanhóis Jordi Hernandez e Nora Cabot com 11 e os alemães Simon Diesch e Anna Markfort com 12. A fase de classificação deverá contar com dez regatas e depois a medal race com os Top10.

Nesta sexta-feira (1º), Gabriella Kidd subiu de posições na classe ILCA 6 e está na 10ª colocação. O cronograma teve duas provas com a brasileira chegando em sexto e 15 lugares, somando 21 pontos.

A liderança é da holandesa Marit Bouwmeester com 3 pontos perdidos, seguido pela francesa Louise Cervera com 5 e a finlandesa Monika Mikkola com 7 pontos perdidos.
Na versão masculina da Laser, Bruno Fontes está em 29º após quatro regatas com 67 pontos perdidos. Quem lidera é o australiano Matt Wearn com 15 pontos perdidos, seguido pelo croata Filip Jurisic e o peruano Stefano Peschiera empatados com 18 pontos perdidos.

O dia em Marselha teve a medal race da 49erFX com as brasileiras Martine Grael e Kahena Kunze terminando a prova em quinto e a Olimpíada em oitavo lugar.

Na medal race, as holandesas Odile Van Asnholt e Annette Duetz confirmaram o favoritismo e levaram o ouro, finalizando a regata em terceiro. Elas entraram atrás do placar contra as atletas francesas, mas conseguiram se recuperar e levar o primeiro lugar. A prata foi para as suecas Vilma Bobeck e Rebecca Netzler e o bronze para as francesas Sarah Steyaert e Charline Picon.

”As conquistas e o legado deixado por nossas bicampeãs olímpicas são inegáveis. Elas são uma inspiração para as novas gerações e mostram que com dedicação, talento e trabalho duro, é possível alcançar grandes feitos no esporte. A Confederação Brasileira de Vela (CBVela) tem desempenhado um papel fundamental na renovação e no desenvolvimento de novos talentos, garantindo que o esporte continue a crescer e a brilhar no cenário internacional”.

”Mesmo que a medalha no 49erFX não tenha vindo nesta Olimpíada, as vitórias anteriores e a trajetória delas permanecem como exemplos de excelência. Essa base sólida e o legado deixado pelas campeãs certamente motivarão e prepararão os futuros velejadores brasileiros para continuar conquistando títulos e honrando o Brasil nas competições internacionais”, disse Marco Aurélio de Sá Ribeiro, presidente da CBVela.

No masculino da classe 49er, Marco Grael e Gabriel Simões fecharam os Jogos de Paris 2024 em 19º. O ouro foi para a dupla da Espanha formada por Diego Le Chever e Florian Trittel Paul, a prata para os neozelandeses Isaac McHardie e William McKenzie e os time dos EUA com Ian Barrows e Hans Henken ficou com o bronze.

No dia anterior, o paulista Mateus Isaac encerrou sua participação em Paris 2024 com o 16º lugar na IQFoil, prancha que estreou no calendário olímpico neste ano. O Brasil não teve representantes no IQFoil feminino.

No sábado (3), a classe Nacra 17 faz sua estreia com a dupla mista formada por João Siemsen e Marina Arndt. Bruno Lobo, da classe Fórmula Kite, será o último brasileiro da vela a competir nos Jogos de Paris 2024, no domingo (4).

Histórico de Medalhas

A vela é uma das modalidades que mais trouxe medalhas ao Brasil na história das Olimpíadas. O país conquistou 19 medalhas, sendo oito de ouro. A Equipe Brasileira de Vela tem como chefe da delegação Walter Böddener, além do head coach e bicampeão olímpico Torben Grael.

Parte dos atletas participa de eventos internacionais apoiados pelo termo de fomento à vela olímpica em parceria com a CBVela. O objetivo é a preparação da Equipe Olímpica Principal de Vela e a participação nos campeonatos internacionais. O número do convênio é 930972/2022.

Resultados aquiPosição finalIQFoilMateus Isaac – 16º lugar

49er FXMartine Grael e Kahena Kunze – oitavo lugar

49erMarco Grael e Gabriel Simões – 19º lugar

Posição atual

ILCA 7Bruno Fontes – 29º lugar

ILCA 6Gabriella Kidd – 10º lugar

470 mistoIsabel Swan e Henrique Haddad – 15º lugar

NACRA 17 mistoJoão Bulhões e Marina Arndt

Fórmula KiteBruno Lobo

Medalhas olímpicas brasileiras

Ouro

Moscou 1980: Eduardo Penido e Marcos Soares (470)
Moscou 1980: Alexandre Welter e Lars Björkström (Tornado)
Atlanta 1996: Robert Scheidt (Laser)
Atlanta 1996: Marcelo Ferreira e Torben Grael (Star)
Atenas 2004: Robert Scheidt (Laser)
Atenas 2004: Marcelo Ferreira e Torben Grael (Star)
Rio 2016: Martine Grael e Kahena Kunze (49er)
Tóquio 2020: Martine Grael e Kahena Kunze (49er)

Prata

Los Angeles 1984: Torben Grael, Daniel Adler e Ronaldo Senfft (Soling)
Sydney 2000: Robert Scheidt (Laser)
Pequim 2008: Bruno Prada e Robert Scheidt (Laser)

Bronze

Cidade do México 1968: Burkhard Cordes e Reinaldo Conrad (Flying Dutchman)
Montreal 1976: Peter Ficker e Reinaldo Conrad (Flying Dutchman)
Seul 1988: Torben Grael e Nelson Falcão (Star)
Seul 1988: Clínio Freitas e Lars Grael (Tornado)
Atlanta 1996: Kiko Pelicano e Lars Grael (Tornado)
Sydney 2000: Marcelo Ferreira e Torben Grael (Star)
Pequim 2008: Fernanda Oliveira e Isabel Swan (470)
Londres 2012: Bruno Prada e Robert Scheidt (Star)

Sobre a CBVela

A CBVela é a representante oficial da vela esportiva do país nos âmbitos nacional e internacional. É filiada à Federação Internacional de Vela (World Sailing) e ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB).

A vela é a modalidade com o maior número de medalhas de ouro olímpicas na história do esporte do Brasil: oito. Ao todo, os velejadores brasileiros já conquistaram 19 medalhas em Jogos Olímpicos.

A entidade foi a primeira confederação esportiva brasileira a integrar a Rede Brasil do Pacto Global da ONU e a incorporar a agenda global da sustentabilidade – a Agenda 2030, com seus 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) – ao seu planejamento estratégico.

Sobre o VelaID

Lançado em 2023, o VelaID é a principal plataforma de relacionamento entre todo o ecossistema da Vela Brasileira. A plataforma é voltada para velejadores e entusiastas que desejam estar conectados com o esporte. Entre as principais funcionalidades, a plataforma atuará como o principal HUB de eventos da entidade.