Brasil 1 briga pela liderança da perna (foto: Lili Adler/ ZDL)
Ventos abaixo de dez nós na oitava perna da Volvo Ocean Race fazem os veleiros quebrarem um novo recorde, segundo o site oficial da prova. É o deslocamento mais lento de toda a história da regata. Nas 86 horas de perna (até o boletim das 7h no horário de Brasília) os seis veleiros percorreram 390 milhas náuticas. O atual recorde de velocidade é de 563 milhas percorridas em 24 horas, do ABN Amro 2.
Nessas condições, os detalhes fazem grande diferença. O Brasil 1 e o Erisson foram os únicos veleiros que resolveram passar ao sul da ilha de Fastnet e conseguiram mais vento. O restante da flotilha ficou preso em uma sombra de vento e perdeu duas horas em relação aos barcos brasileiro e sueco.
Ambos trocam constantemente de posição na liderança da perna. Depois de passar por Fastnet, os veleiros se dirigem para o norte e farão o contorno das ilhas do Reino Unido até Roterdã, na Holanda. A previsão inicial era para a chegada ser na quarta-feira, mas os veleiros ainda nem completaram um terço da perna.
Folga – Condições como essa fazem a vida a bordo ter duas faces. Ao mesmo tempo que os velejadores ficam sem muito o que fazer, a atenção precisa ser redobrada. O mar parece uma piscina, sem vento e sem ondas. Dormir é o melhor a fazer. O único tripulante que tem um pouco de trabalho é o timoneiro, que precisa estar atento para qualquer mudança. O resto da tripulação está sendo usado apenas como contrapeso. Um dos balões que está no convés já foi apelidado de o grande sofá e precisamos de turnos para decidir que vai sentar nele, conta André Fonseca.
Nessas condições devemos estar a 300 milhas náuticas do fim à meia noite da quinta-feira, dia 8. Não será nada bom, pensando em aprontar tudo para a in port de Roterdã no sábado. Mas como sempre as coisas podem mudar. Não importa as condições, estamos dando o máximo para o restante da perna, comentou Andrew Cape, novo navegador do Ericsson, vindo do Movistar.
Este texto foi escrito por: Webventure