Roberta Borsari (foto: Arquivo Pessoal)
Direto de Peniche, Portugal – A reunião com todos os competidores aconteceu no domingo à noite. Ocorre aqui em Portugal duas provas simultâneas: a Copa do Mundo e a final do campeonato inglês de kayaksurf. Como de praxe foram passadas as regras, as medidas de segurança e outras informações básicas. Um pouco antes da reunião, ao me encontrar com Malcom, o maior fabricante de caiaques de onda do mundo, fui surpreendida com uma proposta.
Ele me chamou para ver algo. Fomos até a garagem do hotel e ele me mostrou um dos seus caiaques, todo feito em carbono, pintado com as cores da bandeira brasileira e me perguntou se eu gostaria de experimentá-lo. E se eu quisesse poderia competir na Copa com seu caiaque. UAU! Maravilhoso, mas também um desafio, pois a competição iria iniciar no dia seguinte e teria pouquíssimo tempo para a adaptação.
Minha regra é de nunca mudar de equipamento ou qualquer tipo de influência diferente do que eu esteja acostumada na véspera ou momento de uma competição. Mas a proposta foi mais que tentadora. Até então nunca havia usado um equipamento deste para surfar, mas eu estava com grande expectativa e o caiaque verde a amarelo brilhou pra mim!
Depois de acordar às 5h30 com chuvas fortíssimas, por volta da 7h20, horário que amanhece por aqui, o dia estava completamente limpo e o sol estava por vir. A temperatura estava ótima, mais quente, mas as ondas diminuíram bem no tamanho. Logo cedo fiz um teste com o caiaque da Mega e resolvi competir com ele.
Competição – As provas da Copa do Mundo começaram com as baterias femininas na parte da tarde na praia da Alfarroba, mais a direita do hotel. Tinha surfado excelentes ondas por ali na véspera da prova. Depois aconteceriam as baterias do junior e masculino.
As ondas estavam pequenas com cerca de meio metro e com um metro nas maiores da série. Minha bateria de estréia foi cascuca, com a campeã americana da prova de Santa Cruz, uma atleta inglesa sempre presente nas provas internacionais (Alison) e a Erica que não conheço. Apesar de 2 drops falhos, me senti à vontade com novo caiaque, muito leve, ágil, fácil para rolar e para entrar na onda também.
Saí satisfeita da minha primeira bateria. Peguei uma direita, que independente da prova, foi uma parede muito legal, e o caiaque funcionou muito bem! Passei em segundo para o próximo round, tive uma boa nota. Kate, a californiana, ficou em primeiro.
Passada a adrenalina da estréia temos mais provas nos próximos dias.
Torçam pelo Brasil!
Valeu!
Este texto foi escrito por: Roberta Borsari