Dedo equivale a mil metros (foto: Arquivo Pessoal/ Rodrigo Stulzer)
A navegação nas corridas de aventura são tão (ou mais importantes) que o preparo físico, pois sem saber navegar sua equipe não chega a lugar algum. Como na corrida não se pára, as decisões devem ser facilitadas ao máximo possível e tudo o que puder ser feito antes sempre ajuda muito. Veja aqui como estimar distâncias em mapas utilizando os seus dedos.
Antes da Corrida de Aventura, logo após receber o mapa da prova, existem várias coisas a se fazer: traçar o provável trajeto entre cada PC, estivar as distâncias e plastificar o mapa. Aqui vou me ater à questão da estimativa de distância, seja antes ou durante a prova.
Na primeira foto, note como a largura do dedo equivale a 1.000 metros. Este mapa está na escala de 1:50.000, o que é muito comum em provas de aventura. Os mapas de 1:25.000 também são usados, e neste caso um dedo equivale a 500 metros. Desta maneira é fácil medir as distâncias entre cada ponto da prova. Basta colocar algum dedo (eu utilizo o polegar) ao longo do trajeto e ir marcando, quilômetro a quilômetro.
Antes da prova eu uso o dedo para marcar a distância entre os PCs ou pontos que me interessam como cruzamentos ou marcos geográficos. Depois anoto estas distâncias no mapa, antes de plastificá-lo. Durante a prova uso sempre a medição com o dedo, seja para confirmar uma determinada distância, seja para medir um novo trajeto. Sempre funciona e é muito prático, já que os seus dedos sempre estão disponíveis, pertinho do mapa! Existem aparelhos próprios para estimar distâncias em mapas, mas apesar de serem úteis, não acho que valha o investimento para quem corre aventura. Distâncias estimadas são tudo o que precisamos.
Mudanças – Ok, e como fazemos com trajetos que têm curvas acentuadas e mudanças bruscas de direção? Estime também, somando alguma distância na sua medição final. Isso também funciona muito bem! Veja o exemplo nas outras fotos.
Neste caso estou estimando a distância entre o PC6 e a encruzilhada na parte de baixo da foto, no mapa da prova de Prudentópolis, em 2009. Esta parte era um trekking que ligava a ponte (PC6) até o PC7, onde pegamos o duck para descer o Rio dos Patos. Pela estimativa a distância foi de três quilômetros (3 dedos em um mapa 1:50.000). Com estes dados eu pude estimar o tempo que nós levaríamos até chegar à encruzilhada para entrar no PC7. Quando o trajeto é de bicicleta eu zero o odômetro a cada parte do trajeto, sabendo que tenho tantos quilômetros até chegar ao próximo marco. Usei sempre este método nas corridas de aventura que já participei, e sempre funcionou muito bem.
Este texto foi escrito por: Rodrigo Stulzer
Last modified: dezembro 15, 2010