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Como funciona o Rally dos Sertões

Como é que 221 veículos diferentes participam ao mesmo tempo de um evento tão longo como o Sertões? Como é definido o vencedor? Como é aberto e fechado o trecho cronometrado? Confira como funciona o Rally dos Sertões.

No Sertões, os competidores são divididos nas categorias Carros (inclui Caminhões) e Motos (inclui quadriciclos). Essas modalidades possuem subcategorias, de acordo com especificações e a preparação dos veículos.

Etapas e especiais – O rali é dividido em etapas, uma a cada dia, com uma ou duas provas especiais (trechos cronometrados) em cada
uma dessas etapas. Um dia antes da caravana do rali iniciar a etapa, uma pessoa da equipe técnica (o chamado “coelho”) refaz o percurso verificando se existe algum problema, como um ponte caída, um rio que encheu demais, etc, para sugerir ajustes à organização do rali.

A etapa começa com o deslocamento até a largada da prova especial, que é feita geralmente num ponto fora da cidade. A equipe técnica vai antes de todo mundo, fechando os cruzamentos e os locais de onde possam sair veículos para a trilha. Os veículos larga com intervalo de 2 minutos (os 20 primeiros) e 1 minuto cada, segundo a ordem da classificação do dia anterior e sempre na seguinte seqüência: motos, carros e caminhões, para evitar que esses veículos dividam a pista ao mesmo tempo.

Como achar o caminho? – Os navegadores se orientam por uma planilha que recebem um dia antes de cada etapa, com referências sobre o caminho correto a seguir. Pouco antes de chegar a cada uma, eles “cantam” essas referências para os pilotos. Se um veículo está logo atrás é obrigatório que o da frente dê passagem, segundo o regulamento, e pode quem não cumprir essa regra pode ser penalizado. A organização do rali costuma sobrevoar as especiais e verificar se esta regra está sendo cumprida.

Quem vence? – No fim da especial, o navegador entrega um “cartão”, que deve ser carimbado pela organização. Quando ele chega lá, o tempo dele é finalizado. Nem sempre o primeiro a chegar é o campeão da etapa. Vence quem faz a especial em menor tempo.

Entre o final da especial e a chegada à cidade-apoio, há o trecho de deslocamento, onde o tempo não é mais cronometrado, mas há regras a serem seguidas e o descumprimento pode gerar penalidades. Essas regras visam a segurança dos competidores e de moradores locais. Há um tempo limite para que o veículo chegue à cidade e, se ele ultrapassar esse tempo, será penalizado, tendo acrescida em seu tempo do dia uma penalização (horas/minutos/segundos correspondentes ao pior tempo da etapa). A mesma coisa acontece se o veículo não completar a etapa – quebrando no caminho, por exemplo, ou não largar.

Fim do dia – Um veículo da equipe técnica (o “carro-vassoura”) larga por último e passa “varrendo” os que ficaram pra trás na especial.

Ao fim do dia, a equipe de apuração finaliza os tempos, contabilizando eventuais penalidades e o resultado depende da homologação das confederações das modalidades envolvidas (motociclismo e automobilismo).

Toda noite, enquanto os mecânicos trabalham fazendo reparo e manutenção nos veículos, os competidores se reúnem com a organização do rali para um balanço do dia e para receber orientações sobre a etapa seguinte. É o chamado briefing.

Os campeões – Vence o rali, em sua categoria, o competidor que obtiver o menor tempo possível, somando-se os tempos de todas as etapas. O Sertões também vale como etapa do Campeonato Brasileiro de rali cross-country e tem peso 2 na pontuação para todas as categorias.

Clique aqui para ler o Regulamento do Rally dos Sertões

Este texto foi escrito por: Webventure