Para mergulhos em maiores profundidades a forma mais utilizada é o mergulho autônomo com suprimento de ar. (foto: Edson Passafaro)
O mergulho, mais que um esporte, é uma atividade de lazer que permite a contemplação da vida submarina. Para isso, requer aprendizado, algumas habilidades e o uso de equipamentos específicos. Fator importante para aprender não é, como muitos acham, saber nadar, mas sim não ter medo de água. Muitas pessoas perdem este medo justamente durante o aprendizado de mergulho.
Existem basicamente dois tipos de mergulho: o livre e o autônomo. Por mergulho livre entende-se aquele feito sem o uso de aparelhos de respiração. Dentro desta categoria devemos distinguir duas modalidades muitíssimo diferentes entre elas: o mergulho em apnéia e o chamado de snorkeling.
O snorkeling é a maneira mais fácil de se ter o primeiro contato com o mundo submarino. Pode ser praticado por quase qualquer pessoa, usando apenas um par de nadadeiras, uma máscara e um snorkel (aquele tubinho que serve para respirar enquanto permanecemos olhando para
debaixo d´água) para nadar e dar curtos mergulhos em apnéia (prendendo a respiração) em baixas profundidades (piscinas naturais em rios e mares).
Preparação – Já o mergulho em apnéia propriamente dito (técnica usada principalmente por caçadores submarinos), pela elevadas profundidades alcançadas e tempos relativamente longos, só pode ser praticado por pessoas técnica, física e psicologicamente treinadas.
Por mergulho autônomo entende-se todo aquele que utiliza aparelhos de respiração subaquática independente de suprimento da superfície. Para o mergulho recreativo utiliza-se o equipamento SCUBA (Self-Contained Underwater Breathing Aparattus). Ele é constituído basicamente de um reservatório (cilindro) de mistura de respiração (normalmente ar) e de um dispositivo de fornecimento e redução de ar (válvula reguladora ou simplesmente regulador).
Além disto, completam o SCUBA, o profundímetro (medidor de profundidade), manômetro (medidor da pressão do ar do cilindro), além do colete equilibrador. Todos acoplados ao cilindro.
Na escola – Uma visita a uma escola de mergulho é um primeiro passo para ter as dúvidas esclarecidas e entender o que é necessário aprender para se iniciar na atividade. Para se tornar um mergulhador autônomo, será necessário participar de um curso básico em uma escola
de mergulho.
O aprendizado de curso básico é hoje em dia bastante padronizado. Existem pequenas diferenças entre os métodos das diversas certificadoras, mas basicamente o que deveria se aprender em um curso básico é planejar e executar um mergulho em dupla (dentro dos limites de profundidade e tempo que a certificação permite), incluindo o manuseio correto de todo o equipamento, sem auxílio de instrutor.
O aprendizado se dará em três fases distintas, porém integradas: teoria, prática em águas confinadas (muitas vezes piscinas) e prática de mar (fase final do curso). Os pré-requisitos são: idade mínima (varia para cada certificadora, todas possuem programas infantis) e aptidão física.
Educação continuada – Todas as certificadoras possuem programas de educação continuada que, em última análise, são um extenso programa de ensino dividido em etapas de aprendizado, onde, em cada etapa, o mergulhador adquire uma certificação específica (às vezes são apenas especialidades independentes), que é pré-requisito para a etapa seguinte.
A meta final é quase sempre o nível de instrutor. Recentemente, com o surgimento do chamado mergulho técnico, o “plano de carreira” do mergulhador abriu espaço para se alcançar o topo do aprimoramento
técnico sem necessariamente se tornar instrutor.
Este texto foi escrito por: Sergio Costa