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Como se tornar um instrutor de mergulho recreativo


Quantidade de mergulho conta na experiência (foto: Divulgação/ Raul Guastini)

Os primeiros mergulhos sempre são feitos por diversão ou curiosidade. Algumas pessoas levam este primeiro contato a sério e seguem com os cursos em escolas especializadas, até se tornarem instrutores. No caso do instrutor para mergulho recreativo, a idade mínima no Brasil para se tornar um instrutor é de 18 anos.

O candidato, inicialmente, deve procurar a credenciadora para escolher o curso que deseja. “Cada credenciadora possui níveis de cursos e informação teórica e prática para cada curso, alguns nomes podem ser diferentes, mas o curso é semelhante. Você pode acessar os sites das credenciadoras (NAUI, PADI, SSI, PDIC, CMAS, ADS, entre outras)”, indicou Raul Guastini, da Hyperion Dive and Outdoor.

No caso da NAUI, National Association of Underwater Instructors, os cursos oferecidos para se alcançar o status de instrutor são: Scuba Diver (básico), Advanced Scuba Diver (avançado) e Master Scuba Diver (mestre).

A partir destes cursos, existem especializações indispensáveis e obrigatórias para o mergulhador, como o Rescue Diver (resgate de mergulhador), que enfatiza as manobras realizadas para levar uma vítima até um local seguro; diferente de resgate, também é obrigatório o curso de primeiros socorros de padrão e reconhecimento internacional, que são as ações realizadas para manter uma vítima em estado de saúde estável. Nos dois cursos, é necessário passar por atualizações a cada dois anos.

Mesmo com tantos cursos e todos os mergulhos registrados para comprovar a experiência do praticante, o profissional torna-se apto a tornar-se instrutor. O curso de Liderança define qual área o mergulhador deve seguir, que se divide em três níveis (de acordo com a NAUI): Divemaster, Instrutor Assistente e Instrutor.

No Divemaster, o candidato não pode dar aulas e atua como um guia subaquático, mas dirige os mergulhadores em algumas atividades. “Neste caso, o candidato pode ajudar um instrutor em suas aulas”, contou Raul.

Após a conclusão, o mergulhador parte para o curso de Assistente, no qual reúne e apresenta todas as informações sobre sua experiência na modalidade para dar entrada em um curso para instrutor. O candidato, com aulas teóricas e práticas, aprende as metodologias de ensino, segurança, aspectos legais da atividade, entre outros assuntos.

Após a aprovação no curso, o mergulhador poderá iniciar sua turma de alunos, abrir ou trabalhar em uma escola da modalidade, devidamente credenciado como instrutor. O processo é longo. “Acredito no programa normal (longa duração) para se chegar a instrutor, a experiência pratica vale muito, principalmente se você está chefiando um grupo, pois é difícil ter grupos homogêneos. A experiência vale também para escolher um local seguro e que satisfaça a ansiedade dos mergulhadores”, revela Guastini sobre a conclusão e importância do curso.

Este texto foi escrito por: Bruna Didario