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Como terminou a briga no Sertões


O carro da dupla Guilherme Spinelli/Marcelo Vívolo campeões na categoria Carros. (foto: Tom Papp/ www.webventure.com.br)

Em nove dias de competição no Rally do Sertões, muita coisa aconteceu. O que já era de se de esperar e o que não era. Nomes conhecidos da cena off-road ficaram de fora; anônimos ganharam as pontas. É… no maior rali da América Latina, muita gente “morreu na praia”.

Dia 23 de agosto, depois do prólogo que aconteceu em Goiânia (GO) para definir a ordem de largada dos competidores na primeira etapa especial do 2003, alguns pilotos já se destacavam como favoritos. Era o caso de Jean Azevedo, que das onze edições da prova participou de dez e estava buscando o tetracampeonato, título inédito no Sertões.

Ainda na primeira etapa, após bater em uma porteira depois de fazer uma curva em alta velocidade, ele ficou de fora da briga pelo título. Assim, a disputa ficou entre Juca Bala e José Hélio, dois pilotos experientes e que eram os principais concorrentes de Jean. Durante oito dias de prova José Hélio e Juca Bala lutaram um contra o outro e contra o relógio, mas ontem, na véspera do último dia de competição, a diferença entre eles era de pouco mais de três minutos.

Hoje, o inesperado aconteceu. A moto do piloto Juca Bala, que até então era o líder da categoria, atolou em um pequeno rio. Ali, a apenas 9km da largada do último trecho cronometrado, Juca deu adeus ao título. José Hélio acabou ganhando, seguido por Tiago Fantozzi. Nos quadriciclos, a vitória ficou com Carlo Collet.

Carros – Na categoria Carros, a bruxa também estava solta. A dupla Édio Fuchter/Milton Pereira, bicampeã do Sertões, teve o carro quebrado na terceira especial, o que acarretou na perda de tempo e de posições. Após perder uma hora e meia só consertando uma roda que quebrou, Édio declarou: “Este prejuízo de hoje não sei se dá pra recuperar, mas vamos ver o que acontece daqui pra frente”. E Klever Kolberg/Lourival, representantes do Brasil no Paris-Dakar, também não tiveram muita sorte. Entre problemas mecânicos no carro e erros na planilha, eles também ficaram de fora das primeiras colocações.

O piloto Paulo Nobre, o Palmeirinha, e seu navegador Dico Teixeira chegaram a sonhar com a vitória do Sertões após terem subido de posição na classificação geral com os problemas dos adversários. Mas, um galho de árvore acabou com a expectativa da dupla. A verdade é a seguinte: o sonho acabou”, disse o piloto após o ocorrido.

O título acabou ficando com Guilherme Spinelli/Marcelo Vívolo, da equipe Mitsubishi Racing, que em nove dias de rali foram os que “erraram menos”. “Agora meu objetivo será vencer o Campeonato Brasileiro de Rally Cross-Country em 2003”, adiantou Guilherme Spinelli, ao lado do navegador, que após ter conquistado o título dos Sertões ficou empatado com a dupla Ulisses Filho/Miceno Neto, segunda colocada na competição, na liderança do Campeonato Brasileiro de Rally Cross-Country, do qual o Sertões faz parte. Esta dupla foi uma das surpresas na classificação geral dos carros.

Caminhões – Na briga entre os caminhões, Carlos Salvini foi o campeão disparado. Seus concorrentes acabaram se enroscando nas dunas na última especial, deixando-o livre para cruzar a linha de chegada. “Foi muito difícil, mas muito gostoso. Me sinto gratificado por ter derrotado tão bons competidores como o André, o Ricardo, o Luiz, o Alfredo e outros. Só tive certeza do título quando o André agarrou lá atrás”, declarou.

Este texto foi escrito por: Camila Christianini