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Competição e aventura também na Expedition 2005

Redação Webventure/ Offroad

Categoria Expedition na edição 2003 (foto: Bob Wollheim)
Categoria Expedition na edição 2003 (foto: Bob Wollheim)

Ao contrário da imagem de apenas passeio dos anos anteriores, a categoria Expedition na 13ª edição do Rally dos Sertões irá misturar, sim, a competição nas viagens Brasil afora. “Esse ano estamos partindo para uma associação maior com atividades outdoor, que valerão pontos”, explica Luiz Anchieta, coordenador da Expedition. “É uma forma de conseguirmos mais competitividade entre os participantes”, completou.

A equipe melhor colocada na competição terá inscrição gratuita para o Sertões 2006. Além de esportes como rafting, acquaride, descida em rapel e tirolesa, os aventureiros irão competir dois dias na categoria Regularidade, especialmente aqueles em que a prova passa pela região do deserto do Jalapão, entre as cidades de Natividade e São Félix do Tocantins.

“A Expedition sempre teve uma proposta diferenciada da competição. O nosso encontro é uma confraternização, e o encontro da competição é uma disputa. Esse é o nosso diferencial. Todas as pessoas se agregam, fica uma coisa mais família, é bem legal”, comenta Anchieta.

O coordenador garante que a pontuação será analisada por guias especialmente treinados, que vão avaliar as 33 equipes. Somado aos cinco carros da organização, a Expedition 2005 terá a presença de 40 veículos. Um recorde.

Perfil – Luiz Anchieta é arquiteto por formação, mas aventureiro por opção há 12 anos, quando começou a participar da organização do Sertões. “Faço parte da organização do Sertões desde a segunda edição, quando competiam apenas motos. Foi uma fase bem difícil, mas muito boa. Com a evolução e a entrada dos carros ficou uma loucura”, recorda. “Mas era muito bom porque todo mundo dava sangue, suava a camisa.”

“A Expedition surgiu de uma oportunidade da organização em dar lugar às equipes que queriam levar a família”, explicou. Desde 2002 a categoria existe no rali apenas como passeio em comboio, para conhecer melhor as regiões onde o rali passa. “Ano passado tentamos introduzir o outdoor, esse ano é a concretização desse projeto”, comenta Anchieta.

Veja o roteiro e as principais atrações da Expedition, comentados por Luiz Anchieta, coordenador categoria.

  • Goiânia (GO ) Aruanã(GO)
    “Não serão em todas as cidades que a Expedition irá acompanhar o rali. Na chegada em Aruanã, vamos acampar em uma ilha fluvial que fica há meia hora de distância de barco do centro da cidade. Terá toda a estrutura de restaurante, café da manhã, que já é uma característica peculiar da Expedition.”

  • Aruanã(GO) Porangatu (TO)
    “Em Porangatu ficaremos na rede hoteleira da cidade, que comporta tranquilamente todas as pessoas da categoria.”

  • Porangatu (TO) Palmas (TO)
    “Em Palmas a situação será diferente esse ano. Terá uma prova que larga e chega na cidade, iremos dormir dois dias lá. A prova sai da cidade e fazemos uma atividade outdoor a 30 quilômetros de distância, que chama Taquaruçu. Lá teremos o acquaride, que é muito legal. Vamos descer uma cachoeira em Rapel, é um local super privado, em um espaço de pesquisa que será disponibilzado para a prática da atividade. Vamos dormir na Ilha Canela em Palmas.”

  • Palmas (TO) São Félix do Jalapão (TO)
    “Nesse dia o pessoal vai começar a fazer os trechos de Regularidade. O Clayton Prado, diretor técnico da categoria, vai assumir a Expedition. Nesse trecho eu viro expectador e só faço a parte apoio. O pessoal também vai pontuar na Regularidade. Esse ano faremos o encontro das duas categorias e o melhor jeito de se adequar a isso é fazer com que todos participem da Regularidade. Na edição passada tivemos um problema de orientação em relação a eles, mas já está tudo certo para esse ano.”

  • São Félix do Jalapão (TO) Natividade (TO
    “Mais um dia seguindo o comboio da Regularidade. Vamos largar atrás da Turismo. Em Natividade também terá acampamento, na beira do rio. O pessoal de lá disponibilizou um lugar maravilhoso para nós.”

  • Natividade (TO) Goiânia(GO)
    “Depois saímos de Natividade e vamos para São Jorge, uma cidade perto de Alto Paraíso de Goiás, que lembra muito essas cidades aqui perto de São Paulo: Visconde de Mauá, Monte Verde há 20 anos. Uma cidadezinha cheia de pousadinhas, com bastante artesanato, é bem bacana. Depois seguimos para Formosa, onde fica localizado o Salto de Tiquira, o maior salto em volume de água do centro oeste.

    Vamos tentar ficar bem próximo da cachoeira e o pessoal vai desfrutar de tudo isso. Saindo vamos para Pirenópolis, onde teremos atividades outdoor, com a segunda maior tirolesa do Brasil, que tem um grau acentuado de dificuldade, um percurso de cerca de 600 metros, mas que nós deixamos mais fácil, com o cabo não tão esticado. Depois um rafting de três horas. Por fim iremos terminar o dia em Goiânia, chegando junto com todo o staff no rali.

    Nas duas últimas edições do Rally dos Sertões, a Expedition teve a presença de caminhões, que ajudavam no transporte de mantimentos e equipamentos para a ação social. Esse ano não vai ser diferente, segundo Anchieta.

    “O grande negócio da Expedition é focar a parte social, usamos muito isso junto com o rali. Ajudamos o Luis Salvatore [coordenador da Ação Social do Sertões], nessa parte da distribuição”, comentou. Um dos competidores, patrocinado pelas Casas Bahia, segue com um caminhão de mantimentos e equipamentos que serão doados.

    “Esse ano também teremos uma pessoa que se prontificou em levar filmes infantis para passar nas cidades dormitórios”, ressaltou Anchieta. Com a associação desses projetos e uma viagem deslumbrante, a categoria Expedition cativa cada vez mais adeptos.

    “Geralmente as pessoas vem para treinar para o rali do ano seguinte, mas a nossa surpresa é que sempre aparecem pessoas que estão repetindo a passagem pela Expedition”, conclui.

    Este texto foi escrito por: Daniel Costa

    Last modified: julho 28, 2005

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