Direto de Goiânia (GO) – O Rally dos Sertões 2006 está mais curto, tem um dia a menos que no ano passado e cerca de 700 quilômetros menor. Mas, para alguns competidores, isso não quer dizer que a prova está mais fácil.
No Rally dos Sertões pode-se esperar qualquer tipo de dificuldade, adiantou o bicampeão Guilherme Spinelli, da Mitsubishi. Esse ano pode ser um pouco mais travado do que os anteriores, mas com certeza vamos encontrar muita dificuldade no decorrer do trajeto, e grande concorrência entre todos os participantes. Precisaremos de muita calma, e muita sorte, como sempre, disse.
Assim como o diretor de prova, Jaime Santos, Spinelli acredita que os primeiros dias serão fundamentais para a classificação geral da competição. Depois do quarto dia já teremos a definição das duplas que estão realmente brigando pelo título. Do quinto dia em diante, o rali aparenta estar mais fácil. Mas apenas depois do segundo dia conseguiremos avaliar melhor o que precisamos fazer para ganhar, comentou o piloto.
Navegação – Tradicionalmente o Sertões é um rali que não apresenta problemas freqüentes para a navegação. Porém existem alguns trechos cruciais que a organização prepara para confundir os navegadores. Para 2006, a parte de navegação por GPS em pleno Jalapão promete ser um deles.
Mesmo assim, a navegadora Joseane Koerich, da equipe oficial da Chevrolet, diz não estar preocupada com esse trecho em especial. Fizemos uma escola intensiva de navegação por GPS no Rally por Las Pampas, primeira etapa do Mundial. Depois disso estou bem mais confortável, revelou. A prova aconteceu em março na Aargentina e teve navegação por GPS em quase todo o percurso.
Marcelo Vívolo, navegador de Spinelli que também participou do Las Pampas, lembra que a tarefa no Sertões pode ser mais difícil do que no Mundial. Navegar por GPS em um trecho de dunas, onde pode-se traçar uma linha reta e seguir é mais fácil do que no Jalapão, onde teremos estradinhas com árvores e outros obstáculos que diminuem as opções de caminho, concluiu.
Este texto foi escrito por: Daniel Costa