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Confira dicas para manter a ética e o mínimo impacto durante o ecoturismo e aventura


Crescente procura pelo ecoturismo aumenta necessidade de conscientização sobre mínimo impacto (foto: )

Na hora de praticar uma atividade ao ar livre, em contato com o meio ambiente, é fundamental cuidar dos locais por onde se passa, não só das trilhas, como das áreas de acampamento.

Preocupada em melhorar a conscientização do público que busca o ecoturismo e aventura, a campanha ‘Pega Leve!’ é mais uma forma de garantir o bom uso das trilhas e acampamentos limpos. É um programa voltado à convivência responsável com o ambiente natural, dedicado a construir a conscientização, apreciação e, além de tudo, o respeito por nossas áreas naturais. Resumindo, é uma ética que orienta a conduta adequada do cidadão consciente da importância da conservação da biodiversidade no Brasil.

A necessidade de difundir a ética e as práticas de mínimo impacto surge ainda mais com o aumento crescente de visitantes ao ambiente natural. Assim, será possível compatibilizar as atividades de conservação e ecoturismo, respeitando-se tanto os ecossistemas como a diversidade de expectativas e a qualidade da experiência dos visitantes.

Entre os benefícios diretos que se pode proporcionar com essa nova atitude estão a contribuição à sustentabilidade dos destinos ecoturísticos, a possibilidade de diversificação de atividades pela minimização dos impactos inerentes, a promoção da educação ambiental e o desenvolvimento de uma consciência de conservação e respeito ao meio ambiente.

A Campanha de Mínimo Impacto para Visitação em Áreas Naturais é organizada pelo CEU – Centro Excursionista Universitário, e está entrando em nova fase para atingir o público que pratica e que trabalha com atividades relacionadas com a visitação em áreas naturais e com ecoturismo. Nessa tarefa, possui ainda o apoio do WWF-Brasil (Fundo Mundial para a Natureza).

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Pega Leve! apresenta um conjunto de princípios e práticas para o mínimo impacto, adequado à realidade brasileira, na busca de uma mudança de atitude positiva em relação ao uso público em áreas naturais e em unidades de conservação, como os Parques Nacionais.

Os técnicos envolvidos nessa campanha realizaram um levantamento abrangente sobre códigos de conduta para atividades em ambientes naturais, bastante conhecidos nos países onde há intensa atividade ecoturística e onde se pratica intensamente o excursionismo, em modalidades como o treking, a escalada, a exploração de cavernas e outras atividades de lazer ao ar livre. Esses códigos têm apresentado bons resultados no esforço de sensibilização dos ecoturistas para a conservação dos ambientes naturais e do patrimônio cultural.

As principais referências utilizadas foram as publicações da norte-americana Leave no Trace, o material do New Zealand Mountain Safety Council, o folheto “Conduta Consciente em Ambientes Naturais”, organizado e editado pelo Departamento de Áreas Protegidas da Secretaria de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, em parceria com o CEU, em cuja estrutura baseia-se o Pega Leve!, além do folheto “Excursionismo Consciente” organizado pelo geógrafo e excursionista Roney Perez dos Santos e distribuído pelo CEU em 1989.

A campanha ‘Pega leve!’ possui um site (www.pegaleve.org.br), onde pode-se conferir detalhes que fazem toda diferença para planejar sua aventura de forma segura, com respeito ao meio ambiente.

Eis algumas dicas da Femesp para minimizar o impacto ambiental:
– Mantenha-se nas trilhas pré-determinadas – não use atalhos, pois estes favorecem a erosão e a destruição da vegetação.
– Mantenha-se na trilha mesmo se ela estiver molhada, lamacenta ou escorregadia. A dificuldade das trilhas faz parte do desafio de vivenciar a natureza. Se você contorna a parte danificada de uma trilha, o estrago se tornará maior no futuro.
– Ao montar o seu acampamento, evite áreas frágeis que levarão um longo tempo para se recuperar após o impacto. Acampe somente em locais pré-estabelecidos, quando existirem. Em qualquer situação, acampe a pelo menos 60 metros da água.
– Não cave valetas ao redor das barracas, escolha melhor o local, de modo que a água escorra naturalmente e use um plástico sob a barraca

Este texto foi escrito por: Janine Cardoso